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Casares Explica Vendas de Jovens do São Paulo: Minutagem e Mercado Definem Preço
Por Redação 1Soberano em 21/08/2025 18:20
O presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares, veio a público para defender a política de mercado adotada pela instituição, especialmente no que tange às transferências de jovens talentos oriundos de Cotia. Em declaração exclusiva ao Arquibancada Tricolor, o dirigente asseverou que as recentes movimentações no mercado de transferências não são fruto de improviso, mas sim de um planejamento minucioso, refutando a percepção de que atletas promissores estariam sendo negociados por valores aquém de seu potencial.
Nos últimos meses, o clube concretizou a saída de William Gomes para o Porto, Matheus Alves para o CSKA, e Lucas Ferreira com destino ao Shakhtar Donetsk. A soma dessas transações, que não ultrapassou os 30 milhões de euros, gerou forte descontentamento entre a base de torcedores, que enxerga nesses valores uma subvalorização dos atletas formados na base tricolor, considerados de grande projeção futura.
Casares, no entanto, buscou dissipar essa impressão, oferecendo uma análise detalhada dos fatores que influenciam tais negociações. Ele enfatizou que a noção de "preço de banana" muitas vezes carece de compreensão sobre a dinâmica do mercado e, crucialmente, sobre a "minutagem" dos jogadores em campo.
A Lógica do Mercado: Casares Explica Vendas da Base
Conforme o próprio presidente explicou:
A pessoa que fala sobre preço de banana ou não conhece o preço da banana, não conhece o que é minutagem de um jogador. Vou dar um exemplo. Os jogadores que o São Paulo vendeu tinham pouca minutagem no time principal. O nosso perfil é diferente de um Palmeiras ou Flamengo, que têm elencos mais robustos e permitem que garotos entrem em um contexto mais favorável. Aqui, com contusões e elenco curto, a minutagem é menor. O preço é estipulado por minutagem e mercado. O São Paulo queria vender por mais, mas chegamos ao máximo.
O dirigente utilizou o caso do atacante William Gomes como um paradigma de negociação estratégica, defendendo que nem sempre o valor inicial de uma venda reflete o potencial total de retorno futuro. A transação, segundo Casares, foi um movimento calculado para otimizar os recursos do clube e a gestão do elenco.
A argumentação do mandatário reforça a complexidade das operações no futebol profissional, onde múltiplos fatores, além do talento bruto, determinam o valor final de um atleta no mercado internacional.
Minutagem e Mercado: Os Pilares da Decisão Tricolor
Casares detalhou a transação de William , que exemplifica a visão de longo prazo do clube:
Nós vendemos por 9 milhões de libras, com 20% de direito econômico do que acontecer na vida dele. Não foi ruim. Muita gente falou que era preço de banana. William ainda não está performando e eu torço para que ele performe, porque nós temos 20%. Mas é assim, senão eu ia perder o William. Não sei se ele ia jogar e inibir a chegada de outro. E assim o Ferreira saiu agora em uma necessidade. E agora temos o Henrique. O Alves, que era meia, saiu, mas nós temos o Rodriguinho, que está sendo aproveitado. Isso é planejamento. Saiu o Alves, tem o Rodriguinho. Saiu Ferreira, tem o Henrique, saíram laterais, o Igor Vinícius, tem o Maik. O Moreira podia ter ficado? Podia. Mas ele passou num limite que não estava mais sendo utilizado pela comissão técnica. Quem escala também são os profissionais. Então, nós temos que ter esse panorama que justifica preço.
O presidente reforçou que cada saída é parte de um ciclo planejado, onde a lacuna deixada por um jogador é preenchida por outro talento em ascensão, garantindo a continuidade e renovação do elenco . Ele citou a ascensão de Rodriguinho após a saída de Alves, e de Henrique com a transferência de Ferreira, além da utilização de Maik no lugar de laterais como Igor Vinícius.
Além do Valor: A Visão Estratégica na Formação de Elenco
Para o mandatário tricolor, a crítica sobre a suposta desvalorização dos atletas frequentemente ignora as complexas nuances do mercado futebolístico. Ele concluiu sua explanação afirmando:
Às vezes as pessoas não entendem muito bem do preço de banana, muito menos o de um atleta de alta performance. O São Paulo faz planejamento e trabalha com as peças que tem.
Essa perspectiva de Casares busca contextualizar as decisões de mercado do São Paulo , apresentando-as não como falhas na gestão de ativos, mas como movimentos calculados dentro de um cenário de limitações de elenco e busca por equilíbrio financeiro e esportivo, sempre visando a sustentabilidade e o desenvolvimento do clube a longo prazo.
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