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Daniel Alves no SPFC: A Profunda Ferida Financeira e Moral do Tricolor
Por Redação 1Soberano em 24/11/2025 19:50
A chegada de Daniel Alves ao São Paulo Futebol Clube deixou um rastro de consequências profundamente negativas, tanto no aspecto financeiro quanto na imagem institucional. Essa avaliação contundente foi compartilhada pelas comentaristas Milly Lacombe e Alicia Klein durante uma recente análise no UOL News, destacando um dos capítulos mais controversos da história recente do Tricolor.
Ainda hoje, o São Paulo arca com os valores decorrentes da rescisão contratual de Daniel Alves, formalizada em setembro de 2021. Uma complexa disputa judicial cerca as parcelas remanescentes da dívida, que totaliza expressivos R$ 22,8 milhões. Este imbróglio financeiro não envolve apenas o clube e o ex-atleta, mas também um fundo de investimentos e a antiga cônjuge do jogador, adicionando camadas de complicação a um cenário já delicado.
Para Lacombe, a magnitude do prejuízo é inegável, e ela não hesita em classificar a contratação:
"o Daniel Alves concorre a pior contratação da história do São Paulo. É uma contratação muito nociva, muito prejudicial moral e financeiramente. Então, estará lá em uma das piores contratações, senão a pior da história do São Paulo. Não é pouca coisa."A passagem do lateral-direito é frequentemente citada como um exemplo de mau planejamento e de decisões com impactos prolongados.
O Peso Financeiro e a Disputa Judicial Contínua
A complexidade da dívida com Daniel Alves é amplificada pelo envolvimento de terceiros. Um fundo de investimentos, que inicialmente adiantou recursos ao jogador, esperava reaver esses valores através dos pagamentos futuros do São Paulo . Contudo, a prisão de Daniel Alves na Espanha, em decorrência de um grave caso judicial, alterou drasticamente esse panorama, gerando uma inesperada reviravolta e aprofundando o impasse financeiro.
Diante de cenários como este, Milly Lacombe ressalta a urgência de uma mudança estrutural no futebol. Ela defende que:
"os clubes precisam começar a colocar cláusulas antimachismo antimisoginia. Então isso precisa ficar claro."A proposta visa proteger as instituições e o esporte de comportamentos inadequados que podem gerar crises de imagem e financeiras.
Alicia Klein, por sua vez, observa um padrão preocupante que se repete no universo do futebol. Ela argumenta que:
"o que não surpreende nessa notícia e tá muito claro é essa relação permanente entre um jogador de futebol, agressão sexual, pagamento de pensão alimentícia e confusão financeira envolvendo clubes que gastam mais dinheiro do que o que eles têm."Essa intersecção de questões pessoais e financeiras acaba por sobrecarregar os clubes, que muitas vezes operam com orçamentos desequilibrados.
A Necessidade de Cláusulas Éticas e a Preocupação com os Dependentes
A dimensão humana do problema também foi abordada por Alicia Klein, que expressou sua preocupação com os mais vulneráveis:
"O que me preocupa nessa história são sempre as crianças, a família das pessoas envolvidas que podem talvez ter mais dificuldade de acessar um dinheiro a que elas possam ter direito por essa relação com o Daniel Alves."Mesmo após ser detido e posteriormente liberado, o ex-jogador, conforme noticiado, ainda possui um patrimônio considerável, levantando questões sobre o acesso de dependentes a recursos que lhes seriam devidos.
Este episódio serve como um alerta contundente para o São Paulo e para o futebol brasileiro em geral, evidenciando os riscos de contratações de alto perfil que não consideram apenas o desempenho em campo, mas também o histórico e o comportamento dos atletas fora dele. O legado de Daniel Alves no Morumbi permanece como um doloroso lembrete dos custos ocultos e das feridas institucionais que uma má decisão pode deixar.
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