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Fundo Cotia: PVC Revela Por Que Proposta é um Absurdo para o São Paulo
Por Redação 1Soberano em 09/09/2025 16:00
O projeto conhecido como Fundo Cotia, que visa um investimento de R$ 250 milhões em troca de uma fatia de 30% das futuras negociações de atletas oriundos da base do São Paulo, foi categoricamente classificado como um "absurdo" pelo renomado colunista Paulo Vinicius Coelho. Em sua análise no programa De Primeira, veiculado pelo Canal UOL, PVC enfatizou a urgência de que esta proposta seja rechaçada pelo Conselho Deliberativo do clube.
A principal indagação levantada por PVC reside na lógica de se desfazer de uma fonte de receita tão vital e contínua, especialmente quando o próprio clube já demonstra capacidade de angariar montantes equivalentes em um curto espaço de tempo. Ele ressalta que, somente no ano de 2025, o Tricolor Paulista negociou cinco talentos de suas categorias de base, gerando uma arrecadação que superou os R$ 220 milhões.
A Contradição Financeira da Proposta para a Base Tricolor
A crítica do jornalista é incisiva ao questionar a necessidade de tal transação.
"Por que você tem que vender 30% da sua base para arrecadar R$ 250 milhões, se em um ano você vendeu R$ 250 milhões? E vendeu baixo, vendeu barato. E vendeu barato por quê?"Esta afirmação de PVC sublinha a aparente incongruência entre o valor proposto pelo fundo e a capacidade intrínseca do São Paulo de gerar receita a partir de seus próprios talentos, mesmo sob condições de mercado desfavoráveis.
Para o analista, o caminho mais sensato para o São Paulo não seria a alienação de parte de seu patrimônio futuro, mas sim uma reformulação profunda na sua política de vendas. A sugestão é clara: o clube deveria aprimorar a valorização de suas joias, proporcionando-lhes mais tempo e oportunidades no elenco principal antes de concretizar negociações que realmente reflitam seu potencial de mercado.
Repensando a Estratégia de Desenvolvimento e Venda de Talentos
PVC destaca a infraestrutura de ponta que o São Paulo possui para a formação de atletas.
"O São Paulo tem o centro de treinamento mais expressivo da base que existe no Brasil."Essa constatação reforça a percepção de que o problema não reside na qualidade da formação, mas sim na gestão subsequente desses atletas. Ele defende uma "reengenharia necessária" no clube, visando corrigir a prática de vendas por valores subestimados e, consequentemente, garantir que os jogadores sejam devidamente aproveitados e, só então, negociados de forma vantajosa.
A intensificação da venda de jovens promessas de Cotia por preços considerados baixos, segundo PVC, tem sido uma consequência direta da pressão financeira que o clube enfrenta. Ele aponta para casos de atletas que deixaram o clube após pouquíssimas aparições no time principal.
"É um absurdo São Paulo vender jogadores que fizeram tão poucos jogos como Henrique Carmo, como Lucas Ferreira, como Matheus Alves, como William Gomes, como Ângelo, que não jogou. Por que vende então? Porque o São Paulo está em crise econômica."Esta prática, embora compreensível em um cenário de dificuldades, compromete o futuro e a capacidade do clube de maximizar seus ativos.
O Papel Crucial do Conselho Deliberativo na Proteção do Patrimônio
Diante deste cenário, a avaliação de Paulo Vinicius Coelho é que o Conselho Deliberativo do São Paulo possui a responsabilidade de vetar a aprovação do projeto Fundo Cotia. A busca por alternativas que visem a valorização sustentável das categorias de base, e não sua liquidação em um horizonte de curto prazo, deveria ser a prioridade máxima.
A história do São Paulo é rica na formação e no aproveitamento de atletas, que tradicionalmente só eram negociados após consolidarem suas carreiras no profissional. PVC conclui sua análise com uma firme declaração sobre como agiria se estivesse na posição de um conselheiro.
"Me parece que o São Paulo tem uma categoria de base, tem uma história de formação de jogadores, de utilização dos jogadores que forma e só depois saem. Se eu fosse dirigente de São Paulo, não votaria a favor."Este posicionamento reforça a visão de que a proposta representa um desvio da tradição e dos princípios que sempre nortearam o sucesso da base tricolor.
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