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Palmeiras: Pênalti Não Marcado, Estratégia Falha e Desempenho Questionável na Vila

Por Redação 1Soberano em 20/11/2025 23:51

A recente derrota do Palmeiras para o Santos, em plena Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro, reacendeu um antigo debate no futebol nacional: a arbitragem e seus critérios. A grande questão que pairou após o clássico foi se o clube alviverde teria sido prejudicado por um pênalti não assinalado. Essa indagação dividiu opiniões entre renomados comentaristas esportivos, expondo a inconsistência que tanto aflige o cenário arbitral brasileiro.

No programa "Posse de Bola", do Canal UOL, a discussão esquentou, com figuras como Juca Kfouri, José Trajano, Mauro Cezar Pereira, Arnaldo Ribeiro e Danilo Lavieri apresentando visões antagônicas sobre o lance. A ausência de um padrão claro na marcação de infrações dentro da área é um ponto recorrente, e o episódio na Vila apenas corroborou essa percepção.

A Disputa Arbitral: Pênalti ou Não Pênalti?

A polarização das opiniões sobre o lance em questão é um espelho da dificuldade em se estabelecer uma uniformidade nos julgamentos. Para alguns, a penalidade era evidente. Danilo Lavieri, por exemplo, não hesitou em comparar o lance a outros já marcados, afirmando: "Eu já vi pênaltis bem menos escandalosos serem marcados assim, nessa mesma área, o do Arrascaeta, pra mim, esse daí foi mais. Mas é o que acontece no Brasil, a gente não tem critério, não sabe o que acontece."

Na mesma linha, Arnaldo Ribeiro, mesmo se definindo como avesso a marcações de pênaltis, reconheceu a infração: "Eu sou antipênalti, mas eu achei pênalti." José Trajano também se inclinou a favor da marcação, embora com uma ressalva pragmática: "Eu achei que foi também, mas tem gente que acha que não foi, então pronto."

Contudo, a visão não foi unânime. Mauro Cezar Pereira, com sua habitual perspicácia, destacou a falta de consenso até mesmo entre os especialistas da arbitragem: "Nem o que sobrou da Central do Apito achou que isso foi pênalti." Juca Kfouri foi além, contextualizando a situação com o clima atual do futebol brasileiro: "Eu achei que não foi pênalti e digo mais: dado o clima em relação a arbitragens, STJDs e tudo mais, se marca esse pênalti, a Vila Belmiro vem abaixo, o jogo não termina." Essa perspectiva de Kfouri sublinha a pressão e o ambiente hostil que muitas vezes cercam as decisões arbitrais em jogos de alta tensão.

Estratégias Questionáveis e o Preço da Escolha

Para além da controvérsia arbitral, a derrota do Palmeiras também trouxe à tona discussões sobre as decisões estratégicas do próprio clube. Mauro Cezar Pereira chamou a atenção para a postura do Palmeiras em relação a mudanças no calendário: "O que me chama atenção é o Palmeiras ter elogiado. Esse é o ponto que me chama atenção. Não ia mudar nada. Mas o Palmeiras e o São Paulo elogiaram, o Flamengo protestou contra a mudança. É óbvio que o Palmeiras em algum momento pagaria caro por isso. E pagou. Teve que jogar contra o Santos mobilizado, cheio de desfalques. Houve também um erro estratégico aí. Poderia ter jogado logo depois do Mundial de Clubes, mas optou por um ferido maior de folga. E aí a CBF tem esse álibi, digamos assim. Tinha uma data ali e não quiseram." Essa análise sugere que a escolha por um período estendido de folga, em detrimento de um calendário mais apertado, pode ter cobrado seu preço em momentos cruciais, como no clássico contra o Santos.

O Campo de Jogo Revela Fragilidades

A performance em campo, no entanto, não pode ser ignorada. Arnaldo Ribeiro apontou que os problemas do Palmeiras não se restringem aos bastidores ou à arbitragem, mas também à execução tática e técnica dentro das quatro linhas. "Estava na mão dele, a vantagem era toda dele. O Palmeiras tinha uma decisão contra o Mirassol no domingo passado, com o time inteiro, não é com ausência do fulano, não. O time inteiro, o time titular. E perdeu. Perdeu inapelavelmente no Mirassol. Então, não é só o bastidor. Tem a questão do campo. A questão do campo em que o Palmeiras, em jogos cruciais, não foi bem nos primeiros tempos. Agora é uma questão de secar mesmo, porque mudou um pouco de mão." A incapacidade de apresentar um bom futebol em momentos decisivos, mesmo com o elenco completo, aponta para uma questão mais profunda de desempenho.

Mauro Cezar Pereira complementou essa crítica ao desempenho, descrevendo uma atuação em particular como inaceitável: "O primeiro tempo foi um nojo. Uma coisa abjeta, uma atuação inaceitável. Você tinha três titulares absolutos e outros que não são titulares, mas não se justifica. Jogando na Arena Pernambuco, o Sport é muito agressivo no começo do jogo, franco atirador, né? Eu acho que nessas horas, jogadores do time que vai ser rebaixado, eles ficam tentando mostrar serviço, mostrar que tem valor, porque outros times estão observando e podem se interessar por esse ou por aquele." Embora possa se referir a outro jogo, a descrição de um "primeiro tempo nojento" ilustra a inconsistência e a fragilidade que o Palmeiras tem demonstrado em certos confrontos, mesmo contra adversários teoricamente inferiores, e com um número considerável de titulares em campo. As recentes dificuldades do Palmeiras, portanto, parecem ser uma confluência de fatores, desde decisões estratégicas questionáveis até uma performance inconstante no gramado, somadas às inevitáveis polêmicas arbitrais.

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