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Presidente do São Paulo Anuncia Redução de Dívida e Descarta SAF I Novidades do Tricolor

Por Redação 1Soberano em 14/10/2025 11:12

Em um cenário de forte contestação por parte da torcida, que culminou em manifestações visuais no MorumBis, o presidente do São Paulo, Julio Casares, concedeu uma entrevista coletiva no CT da Barra Funda, a primeira em mais de quatro anos. O objetivo declarado foi oferecer "explicações à torcida". Com postura serena, o mandatário tricolor afirmou aceitar as manifestações pacíficas e trouxe à luz informações financeiras relevantes: o balancete que será divulgado em breve indicará uma notável redução de R$ 57 milhões na dívida do clube. Adicionalmente, Casares afastou a possibilidade de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no momento, reiterando que o clube "está no caminho certo."

A aparição de Casares marcou um retorno ao diálogo direto com a imprensa, algo que ele justificou como um ajuste de rota necessário. O presidente enfatizou que, ao cobrar transparência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sentiu a necessidade de aplicar o mesmo princípio à sua gestão. Ele admitiu o longo período sem coletivas, mas ressaltou ter participado de transmissões ao vivo, minimizando a ausência como "irrelevante."

"Na vida a gente tem de fazer alguns ajustes de rota e quando questionei e trabalhei junto ao presidente da CBF sobre transparência, tive de olhar a mim também, ao clube e já havia discutido isso internamente de ao menos em algum período de uma semana, 15 dias, vir aqui atendê-los. Fiz uma reflexão sobre o tema, se a gente busca transparência, tenho de olhar para minha pessoa."

Entre os diversos temas abordados, a situação financeira do São Paulo foi o ponto central. Casares revelou que a dívida, que em agosto havia atingido a marca de R$ 968,2 milhões, apresentará uma diminuição significativa de R$ 57 milhões no relatório de janeiro a setembro, a ser divulgado nos próximos dias. Essa projeção inclui um superávit de R$ 20 milhões, informações que ele obteve durante uma reunião diretiva recente.

Questionado sobre as razões para assegurar ao torcedor que o clube se encontra "no caminho certo", o presidente utilizou os indicadores financeiros como principal argumento. Ele relembrou que, em seu início de gestão, o foco era reconectar a torcida com as vitórias, o que levou a recordes de público no MorumBis e à quebra de tabus importantes contra rivais históricos. Casares ponderou que esse período de competitividade implicou em investimentos e, consequentemente, um aumento da dívida. No entanto, o retorno veio em forma de três títulos: dois contra o Palmeiras (Supercopa e Paulista) e um contra o Flamengo (Copa do Brasil), adversários com os maiores investimentos do país.

São Paulo: Redução de Dívida e o Rumo Financeiro Traçado por Casares

A atual fase, segundo Casares, representa uma opção estratégica por buscar o equilíbrio financeiro. A notícia de que o clube está "no caminho certo" é corroborada pelo relatório financeiro de janeiro a setembro, que, embora ainda não divulgado, indicará uma redução de R$ 57 milhões na dívida e um superávit de R$ 20 milhões. O dirigente comparou a divulgação a um "relatório de saúde", previsto para ser tornado público em breve.

"Agora fizemos a opção de buscar o equilíbrio financeiro. A notícia de que estamos no caminho certo é o relatório financeiro de janeiro a setembro que ainda não divulgamos, no qual a dívida reduziu em R$ 57 milhões, com um superávit em 20 milhões. Vai ser como (um relatório) de saúde, divulgado amanhã ou depois."

Casares expressou satisfação com a redução da dívida e o superávit, afirmando que isso demonstra a prioridade da segunda parte de seu mandato: o desenvolvimento de atletas da base e a equalização financeira. Ele enfatizou a relevância de diminuir a dívida enquanto a maioria dos clubes brasileiros vêem suas obrigações financeiras crescerem. Apesar dos números positivos, o presidente ressaltou que a luta é contínua para reduzir os débitos até o final do ano, e as conquistas recentes reforçam a percepção de que o clube segue "no caminho correto."

"Com essa dívida baixando, o viés do superávit demonstra que a segunda parte do mandato, de priorizar revelação da base, e um pilar financeiro de equalização. Já temos bons resultados, reduzir R$ 57 milhões é algo muito importante, as dívidas dos clubes estão subindo e a nossa baixando. Claro, ainda temos outubro, novembro e dezembro e a luta é permanente para reduzir esses números e as conquistas retratam que estamos no caminho correto."

No que tange à Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Casares foi enfático em descartar sua implementação no São Paulo neste momento. Ele argumentou que a transformação para SAF não pode ser uma decisão isolada, exigindo um contexto mais amplo e um consenso. O presidente expressou preocupação com exemplos negativos de SAFs no Brasil, onde a "chave" do clube é entregue a um proprietário com liberdade total de gestão.

"Quando à SAF, no São Paulo ela não pode ser por vontade única, tem de haver um contexto. É uma celeuma maior, você dá a chave (do clube) para o dono e ele faz o que quiser, e já vi muitas bem ruins aqui no Brasil."

O Futuro da SAF no São Paulo: Casares Detalha Condições e Visão Estratégica

Casares descreveu a SAF como um processo complexo, mas destacou a vantagem do São Paulo possuir a FIP (Fundo de Investimento em Participações), que gerencia a base com um aporte de pelo menos R$ 200 milhões da Galápagos, sem que a parceira assuma a administração do clube. Ele detalhou sua visão para uma futura SAF, caso os conselheiros decidam por esse caminho. A premissa seria preparar o clube para receber o investimento, e não simplesmente entregá-lo por necessidade em razão da dívida.

"É um processo. O São Paulo tem a vantagem da FIP (gestão da base pela Galápagos, com aporte de ao menos R$ 200 milhões sem a parceira ser a administradora do clube), com um investidor com muito recurso e futuros gestores. Se (os conselheiros) decidirem por uma SAF, não será para dar ao investidor pela dívida, e sim para preparar o clube. Se for essa o caminho, que não é pessoal, que o São Paulo entre na mesa (de negociação) adulto, de forma adulta. Uma coisa é entregar por necessidade, outra é trazer com viés de equilíbrio financeira e baixa de dívida, o que são indicadores positivos. Que o investidor olhe o São Paulo de outra forma. Vão ter 50 investidores no mínimo, com ótimas propostas, mas não é o momento."

Sobre as críticas recebidas, Casares demonstrou resiliência, utilizando o exemplo do Palmeiras, líder do Brasileirão e semifinalista da Libertadores, para ilustrar que cobranças da torcida a dirigentes e técnicos são parte da cultura futebolística brasileira. Ele afirmou que essa prática é comum em equipes das Séries A e B, e que o torcedor tem o direito de se manifestar pacificamente.

"Todas as equipes das Séries A e B passam por isso, o torcedor tem direito de fazer sua crítica, desde que pacífica e correta. Vejo com tranquilidade, muita gente forte do futebol, ex-jogadores, salvaram clube com SAF e tiveram protesto, faz parte da cultura do futebol e aceito naturalmente."

Entre Cobranças e Planejamento: A Visão de Casares para o Tricolor Pós-Protestos

O presidente reiterou seu respeito tanto pelo torcedor comum quanto pelas organizadas, reconhecendo que todos vestem a camisa e almejam vitórias. Ele descreveu os protestos como normais, citando o exemplo de um time bem posicionado que também enfrentou manifestações contra sua presidente e técnico. Casares defendeu a necessidade de tranquilidade e aceitação democrática, desde que as manifestações ocorram de forma pacífica.

"Todos são torcedores, tenho relação de respeito com o torcedor comum e o organizado, todos vestem nossa camisa e querem vitória. Tenho muito respeito e esse protesto é normal. Vi há pouco tempo um time que está bem colocado e a torcida cantando contra a presidente e o técnico. É ter tranquilidade e aceitar democraticamente, se for assim pacificamente."

Em relação às eleições presidenciais, o dirigente tricolor assegurou a existência de um pacto com os "rivais" na corrida eleitoral, estabelecendo que o assunto só será discutido após o término do Campeonato Brasileiro. O "foco" atual é a busca por uma vaga na Libertadores, e todos os envolvidos se comprometeram a seguir essa diretriz até março de 2026, quando as chapas serão oficialmente inscritas para o pleito de junho.

No planejamento para 2026, Casares expressa confiança na classificação da equipe para a próxima Libertadores, mas ressalta que o clube trabalha com diversos cenários ? pessimista, moderado e otimista. A definição da vaga na Libertadores é vista como um potencial gerador de receitas, mas o orçamento será elaborado com base em projeções realistas, alinhando metas de títulos com os cenários possíveis. O objetivo primordial permanece a classificação, contudo, o trabalho será conduzido com cautela, mantendo o futebol e o Campeonato Brasileiro como prioridades absolutas.

"Não estamos só contando com a vaga na Libertadores, ela é um potencial de receitas, mas trabalhamos com vários cenários, de pessimista, moderado e otimista. Na hora que sair a definição do Brasileirão, a definição de premiação, vamos lutar pela meta orçamentária com meta de títulos, mas fazer orçamentos com os reais cenários. Objetivo maior é a vaga. Porém, vamos trabalhar totalmente sem pressa, o foco tem de ser o futebol, o Brasileirão."

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Comentado em 14/10/2025 15:30 Casares no papo firme, até que tá suave, rsrs!
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Comentado em 14/10/2025 13:20 Reduzir dívida em 57 milhões, mano? Tá indo bem! Agora foco na base e Libertadores, tamo junto.
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