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Revolução na Saúde do SPFC: Conheça o Ambulatório Milionário Contra Lesões
Por Redação 1Soberano em 17/11/2025 04:11
São Paulo Futebol Clube, frequentemente sob o escrutínio de sua torcida em virtude do recorrente e elevado volume de atletas no departamento médico, almeja reestabelecer sua primazia na prevenção e reabilitação de contusões. A diretoria projeta, para o início de 2026, a inauguração de uma estrutura no Centro de Treinamento da Barra Funda, que promete ser um marco em inovação e recursos tecnológicos.
Este ambicioso empreendimento, denominado Ambulatório de Medicina Regenerativa e Reparativa, será coordenado pelo renomado médico ortopedista e traumatologista Lucas Leite Ribeiro. Atualmente em processo de licenciamento junto à Prefeitura, a expectativa é que suas operações se iniciem até 15 de janeiro. A iniciativa não é isolada; ela é fruto de uma colaboração estratégica com a Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e um consórcio de quatro companhias especializadas no segmento.
A Resposta Tricolor ao Desafio das Lesões: O Novo Ambulatório
O cerne desta parceria reside na criação e implementação de protocolos e soluções avançadas, visando não apenas a otimização da prevenção de lesões, mas também a elevação da performance e a agilidade na recuperação física. A proposta integra pesquisa clínica de ponta com inovações tecnológicas no tratamento e cuidado de atletas, abrangendo desde o elenco profissional masculino até as categorias de base e a equipe feminina.
Um aspecto notável deste projeto é que ele não acarretará ônus financeiros diretos ao São Paulo Futebol Clube. O investimento total previsto alcança a cifra de R$ 21 milhões ao longo de três anos, ou R$ 7 milhões anuais, montante que engloba a edificação da estrutura, a remuneração dos profissionais envolvidos e o suprimento de insumos conforme as demandas específicas.
Modelo Inovador e Investimento Milionário: O Legado do CT
Em declarações concedidas ao ge, o Dr. Lucas Leite Ribeiro, figura central na liderança do novo ambulatório, detalhou as expectativas e os pilares do projeto. Ele destacou o apoio fundamental das empresas DMC, Biodevice e EPO Regen, que contribuirão com recursos e expertise. Adicionalmente, a Le Care terá um papel crucial no financiamento dos custos de construção e na obtenção das licenças necessárias para o funcionamento da instalação.
O especialista elucidou a complexidade das lesões no futebol, enfatizando a impossibilidade de erradicá-las por completo. "Não há como zerar lesões no futebol. Vão seguir chegando lesões traumáticas, por exemplo. Oscar toma uma joelhada e quebra três vértebras, lesões de ligamento... Esses traumas acontecem," afirmou Ribeiro, ilustrando com exemplos de impactos diretos. Ele prosseguiu, diferenciando os tipos de contusões: "Agora, lesão por desgaste e Overuse (uso excessivo), nós podemos minimizar. O futebol brasileiro tem muitos jogos, em gramados diferentes, em campos sintéticos. Temos que tentar minimizar as lesões musculares e tendíneas (rupturas ou inflamações nos tendões)." A distinção é crucial, pois o foco maior da intervenção reside naquelas provocadas pelo volume de jogos e pelas condições diversas de campo.
A Visão Científica: Minimizando Lesões e Otimizando Retornos
Além da prevenção, a agilidade no processo de reabilitação é uma meta primordial. "Além disso, o objetivo é retornar o jogador para o campo mais rápido e coordenar junto do preparador físico e comissão técnica ações para minimizar a chance de lesão. Temos também que minimizar a chance de re-lesão, que é a repetição da lesão em sequência," complementou o médico. Este enfoque estratégico visa não apenas curar, mas também reintroduzir o atleta ao ambiente de jogo com segurança, reduzindo significativamente a probabilidade de novas ocorrências. A parceria estabelecida possui um prazo inicial de três anos, mas está concebida para deixar um legado duradouro e perene para a instituição.
O Cenário Atual: Um Departamento Médico Sob Pressão
O panorama atual do São Paulo é desafiador: em 2025, impressionantes 70% do elenco já haviam passado pelo departamento médico. Essa rotina de intercorrências tem sido uma constante ao longo da temporada, impondo ao técnico Hernán Crespo a necessidade de frequentes alterações na escalação da equipe.
Atualmente, a lista de atletas sob cuidados médicos no Tricolor é extensa e preocupante:
| Atleta | Tipo de Lesão/Condição |
|---|---|
| Marcos Antônio | Lesão no músculo posterior da coxa esquerda |
| Rodriguinho | Dores no joelho direito |
| Luan | Lesão no adutor direito |
| Wendell | Ruptura parcial da fáscia plantar do pé esquerdo |
| Leandro | Dores no joelho esquerdo |
| Dinenno | Artroscopia no joelho direito |
| Calleri | Cirurgia no ligamento cruzado do joelho esquerdo |
| Ryan Francisco | Ruptura do ligamento cruzado anterior e lesão no menisco do joelho esquerdo |
| André Silva | Lesão no ligamento cruzado posterior e estiramento no ligamento cruzado anterior do joelho direito |
| Oscar | Afastado para cuidar de problema cardiológico (Síndrome Vasovagal), após tratar lesão na panturrilha esquerda |
O caso de Oscar merece atenção especial; após tratar uma lesão na panturrilha esquerda, o atleta foi afastado para lidar com uma condição cardiológica. Recentemente internado no Hospital Albert Einstein devido a uma síndrome vasovagal, ele obteve alta no último domingo.
Este cenário de baixas contínuas sublinha a urgência e a relevância do novo Ambulatório de Medicina Regenerativa e Reparativa. A expectativa é que, com a implementação desta estrutura de ponta e o modelo de parceria inovador, o São Paulo possa, de fato, virar a página e construir um futuro com menos intercorrências e mais consistência em campo, concretizando o legado prometido.
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