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Rigoni: O Fim da Linha no São Paulo e o Alívio na Folha Salarial

Por Redação 1Soberano em 17/11/2025 14:20

O retorno de Emiliano Rigoni ao Morumbi, que outrora gerou expectativas de um desempenho similar à sua primeira e bem-sucedida passagem, agora se desenha para um desfecho menos glorioso. A incerteza que pairava sobre a permanência do atacante argentino no São Paulo transformou-se em uma probabilidade quase concreta de sua saída ao término da temporada. O clube, que inicialmente adotava uma postura de paciência diante do rendimento abaixo do esperado, já internaliza a necessidade de uma reestruturação que não inclui o atleta para o próximo ano.

Apesar de ser uma figura bem quista dentro do vestiário, onde seu comportamento e profissionalismo são frequentemente elogiados pelos colegas, o campo de jogo tem contado uma história diferente. A ausência de gols e a dificuldade em impactar as partidas de forma decisiva tornaram-se um ponto de discórdia entre o apreço pessoal e a fria análise técnica. Este descompasso é o cerne da questão que culmina na revisão de seu contrato.

A diretoria do São Paulo , em um movimento estratégico de reorganização para a próxima temporada, observa a situação de Rigoni sob a ótica da necessidade de oxigenar o setor ofensivo. A busca por atletas com maior explosão física e regularidade no desempenho, características que o camisa 7 não conseguiu entregar consistentemente, coloca sua continuidade em xeque, especialmente considerando o impacto financeiro de sua manutenção.

Metas Contratuais: O Obstáculo Insuperável para a Renovação de Rigoni

O acordo de empréstimo que trouxe Rigoni de volta ao tricolor paulista incluía uma cláusula de renovação automática, ativada mediante o cumprimento de metas específicas. Para estender seu vínculo por mais uma temporada, o atacante precisaria participar de, no mínimo, 12 partidas até o encerramento do ano, com uma minutagem igual ou superior a 45 minutos em cada uma delas. Tal condição, que parecia razoável no papel, mostrou-se um desafio insuperável diante do cenário atual.

Até o momento, Rigoni esteve em campo em nove confrontos. Contudo, o critério de tempo mínimo foi atendido em apenas três dessas ocasiões. Com a temporada se aproximando do fim e o São Paulo tendo apenas mais cinco compromissos oficiais pela frente, a matemática envolvida na cláusula de renovação automática torna-se implacável, inviabilizando qualquer chance de cumprimento do objetivo.

A realidade dos números é clara, conforme ilustrado na tabela abaixo, e aponta para a não ativação da cláusula, transferindo integralmente a decisão sobre o futuro do atleta para as mãos da diretoria. Não haverá, portanto, uma prorrogação de contrato por força de desempenho, mas sim por deliberação do comando do clube.

Critério da Cláusula Situação Atual Cenário Restante
Partidas Mínimas (45+ min) 3/12 5 jogos restantes
Total de Partidas Disputadas 9 -
Chances de Ativação Automática Nula -

Nos bastidores do Morumbi, já se consolidou o entendimento de que a cláusula contratual não será atingida. Essa constatação redefiniu o controle da situação, passando a decisão sobre a continuidade do argentino para a esfera exclusiva da diretoria, que não se vê compelida a uma renovação automática.

Análise de Desempenho e o Impacto na Folha Salarial do São Paulo

A performance de Rigoni, que não conseguiu igualar as expectativas geradas por sua primeira passagem, é um dos pilares da decisão iminente. Para além dos números, a avaliação técnica interna aponta para dificuldades persistentes na recomposição defensiva, problemas de ritmo de jogo e uma notória falta de impacto em momentos cruciais das partidas. Esses fatores, somados, contribuíram para uma perda gradual de seu espaço no time titular.

A perspectiva atual da diretoria aponta para a não continuidade do atleta em 2026. Fontes próximas à cúpula do clube confirmam que a queda de rendimento do argentino foi um fator determinante. Adicionalmente, a manutenção de Rigoni representaria um investimento financeiro considerável, algo que colide frontalmente com a estratégia atual de readequação da folha salarial. O São Paulo busca, com veemência, oxigenar seu setor de ataque com talentos mais jovens e de menor custo.

A visão do técnico Crespo, que já manifestou a necessidade de jogadores com maior capacidade de explosão física e regularidade em suas atuações, reforça a tese de que Rigoni não se encaixa nos planos futuros. A incapacidade do jogador em entregar essas características o retirou da lista de prioridades para a formação do elenco da próxima temporada.

Diante desse cenário, a diretoria já explora propostas e caminhos para uma saída que minimize desgastes, buscando preservar a boa relação com o atleta. O objetivo é conduzir o processo de forma profissional, evitando atritos desnecessários, mesmo que a decisão final já esteja praticamente selada.

A tendência predominante, portanto, é que Emiliano Rigoni não vista mais a camisa tricolor em 2026, encerrando sua segunda passagem pelo clube ao final do contrato atual. O São Paulo , seguindo seu protocolo interno de avaliações, deverá comunicar formalmente a decisão após o encerramento da temporada.

Apesar da oficialização ocorrer somente após o balanço do ano, nos bastidores do Morumbi, a resolução sobre o futuro do atacante já está praticamente tomada, consolidando a reestruturação planejada para o elenco .

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