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São Paulo FC: O Plano Ousado para a Inovação e o Futuro Digital do Futebol

Por Redação 1Soberano em 21/10/2025 12:41

A despeito dos desafios enfrentados no cenário esportivo, a diretoria do São Paulo Futebol Clube revela uma visão de longo prazo ao lançar um projeto ambicioso. Nesta terça-feira, 21, a agremiação apresentou uma iniciativa focada em atrair startups e investidores através de seu centro de inovação, com o objetivo declarado de se consolidar como a entidade esportiva mais inovadora do continente americano até o ano de 2030.

Esta empreitada, batizada de Inova.São Ventures, surge de uma colaboração estratégica com a FCJ Group e a Sportheca. Trata-se de uma Corporate Venture Builder, um modelo de negócio que visa a criação de novas unidades. Isso implica que empresas iniciantes do setor tecnológico poderão integrar o portfólio de produtos do São Paulo , que almeja captar R$ 11 milhões e gerar R$ 90 milhões em novos empreendimentos até a data-limite estabelecida.

O clube afirma que sua contribuição para o projeto vai além do aspecto financeiro. Segundo Gustavo Verginelli, sócio da Sportheca, uma "fábrica de startups" especializada em engajamento de fãs e parceira na iniciativa,

"O que o São Paulo está aportando é muito mais importante que dinheiro. É fã, é a marca, a grandeza, a estrutura."
Eduardo Alfano Vieira, diretor institucional de inovação do São Paulo, complementa ao destacar o caráter inovador da proposta:
"Temos o captador de recursos, o São Paulo, e já tínhamos a Sportheca. Temos uma trinca com possibilidades de testar soluções dentro do clube, temos um fundo regularizado e a metodologia. Com a maturidade conquistada, vamos buscar um caminho novo, diferente, que é pioneiro no Brasil."

A Visão Estratégica Além do Campo

Alfano Vieira reforça o alcance do projeto, afirmando que

"Vamos buscar soluções no São Paulo e vamos impactar toda a área do esporte."
A proposta é apresentada como uma unidade de negócios singular no futebol brasileiro, capaz de pavimentar o caminho para o Tricolor se tornar o mais inovador do país dentro de cinco anos, período correspondente ao contrato firmado com as empresas envolvidas. O clube esclarece que não realizará aportes financeiros diretos, mas sim será o receptor de recursos provenientes de investidores interessados.

Um ponto notável durante o anúncio foi a ausência do presidente Julio Casares, cuja presença havia sido inicialmente confirmada. Eduardo Alfano Vieira justificou a falta do dirigente, explicando que

"O difícil momento que atravessa nosso futebol o prende no CT da Barra Funda."
Este comentário sublinha a delicada fase que o time profissional atravessa, com apenas uma vitória nas últimas oito partidas da temporada, acentuando a pressão sobre a gestão.

Diante deste cenário, a questão sobre como o departamento de futebol será beneficiado por esta iniciativa tecnológica é central. José Guilherme Oliver, diretor de inovação, assegura que a resposta reside na tecnologia. Ele aponta para o modelo europeu como inspiração:

"O que diferencia, na Europa, é a tecnologia. É o que vai refletir na ponta. A recuperação do atleta, por exemplo. A gente ter a possibilidade de importar esses projetos que podem impactar o futebol na ponta é um dos pontos da nossa tese."

Tecnologia como Pilar de Performance e Economia

Na perspectiva de Oliver, o projeto gerará uma economia significativa, permitindo ao clube adquirir tecnologias de ponta e direcionar esses investimentos para áreas cruciais, como a recuperação de atletas e o aprimoramento da análise de dados de desempenho.

"Esse trabalho, feito de forma cadenciada, vai render resultados daqui a pouco. Tomadas de decisões baseadas em dados, jogadores voltando de lesão mais rapidamente. São esses pontos de tecnologia que diferenciam o futebol lá fora. A tecnologia dá suporte ao treinador,"
detalha Oliver.

A visão do diretor de inovação estende-se para além das quatro linhas, buscando impactar o torcedor em uma dimensão mais ampla, especialmente aqueles que se encontram distantes do clube e não podem comparecer aos jogos. Ele levanta uma reflexão pertinente sobre a renovação da base de fãs:

"O grande ponto é pegar também aquele torcedor que é novo e está começando a ser impactado pelo clube. Todo dia morre um são-paulino, será que todo dia nasce um são-paulino."

Oliver enfatiza a necessidade de um trabalho contínuo para fortalecer o engajamento:

"Temos que começar a trabalhar esses pontos, um trabalho além do futebol para engajar o torcedor. Estamos construindo, pondo o alicerce, e passando isso de forma clara ao torcedor, o que é nossa principal dificuldade porque tudo hoje é futebol."

As Estratégias do Inova.São Ventures

A tese do Inova.São Ventures está embasada em quatro pilares estratégicos de negócios, detalhados a seguir:

Estratégia Descrição
1. Corporate Venture Builder Criação de novas unidades de negócio com startups, integrando-as ao portfólio do clube.
2. Captação de Recursos Atração de investidores para o projeto, visando R$ 11 milhões até 2030.
3. Geração de Novos Negócios Estimativa de gerar R$ 90 milhões em novos empreendimentos até 2030.
4. Impacto em Esporte e Fãs Aplicação de soluções tecnológicas para benefício do futebol e engajamento do torcedor.

Ao longo do primeiro ano de implementação, o foco estará na seleção de soluções inovadoras em diversas áreas. Isso inclui inteligência artificial, realidade aumentada, realidade virtual, healthTech, interatividade, gamificação, serviços integrados, Beacons e Geolocalização, além de tecnologias voltadas para aprimorar as experiências do torcedor.

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