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São Paulo: Milhões em Jogo Sem Libertadores 2026 | Impacto Financeiro

Por Redação 1Soberano em 21/10/2025 10:51

A disputa por um lugar na próxima edição da Conmebol Libertadores transcende o mero aspecto esportivo para o São Paulo Futebol Clube. Com a equipe atualmente na nona colocação do Campeonato Brasileiro, a oito pontos de distância do G-6, a qualificação para o torneio continental representa um pilar fundamental para a saúde financeira do clube, que enfrenta um cenário de fragilidade econômica. A ausência na competição máxima da América do Sul teria consequências severas para o orçamento tricolor.

A disparidade nas recompensas financeiras entre a Conmebol Libertadores e a Copa Sul-Americana é gritante. Em caso de conquista do título, o principal torneio do continente pode injetar nos cofres do São Paulo um valor até 3,7 vezes superior ao da Copa Sul-Americana. Em todas as etapas eliminatórias, as premiações são, no mínimo, o dobro, conforme os valores estipulados para as edições atuais das competições.

Fase Sul-Americana (US$) Libertadores (US$) Diferença
Fase de grupos (fixo) 900 mil 3 milhões 3,3x maior
Bônus por vitória 115 mil 330 mil 2,9x maior
Playoff (Sul-Americana) 500 mil ? ?
Oitavas de final 600 mil 1,25 milhão 2,1x maior
Quartas de final 700 mil 1,7 milhão 2,4x maior
Semifinal 800 mil 2,3 milhões 2,9x maior
Vice-campeão 2 milhões 7 milhões 3,5x maior
Campeão 6,5 milhões 24 milhões 3,7x maior

Na edição anterior, o São Paulo alcançou as quartas de final da Libertadores, sendo eliminado pela LDU do Equador. Somente em premiações concedidas pela Conmebol, a campanha rendeu ao clube aproximadamente R$ 41,1 milhões. Este montante sublinha a relevância das cifras envolvidas na competição.

O Vultoso Impacto das Premiações Continentais

Para além das premiações diretas por desempenho, a ausência na Libertadores acarreta uma perda substancial em receitas de bilheteria e outras fontes de arrecadação ligadas ao estádio e à atmosfera dos dias de jogo. Historicamente, os ingressos para confrontos da Conmebol Libertadores apresentam um valor médio superior em comparação com os da Copa Sul-Americana. Adicionalmente, o engajamento e a mobilização da torcida para a principal competição continental são significativamente maiores, resultando em médias de público expressivamente superiores no Morumbis.

A análise das receitas de bilheteria reforça a tese. Durante as participações na Copa Sul-Americana, o Tricolor registrou R$ 12.892.983,00 em 2022 (seis jogos como mandante, alcançando a final) e R$ 10.531.069,00 em 2023 (cinco jogos em casa). Contudo, o retorno à Conmebol Libertadores em 2024, com cinco partidas realizadas no Morumbis até as quartas de final, impulsionou a arrecadação para R$ 26.347.084,50. Este valor representa um incremento de 150% em relação ao ano anterior e um aumento de 104% até mesmo quando comparado a 2022, ano em que o clube disputou um jogo a mais em seus domínios na Sul-Americana.

Morumbi: O Coração Financeiro das Noites de Copa

No ano corrente, o São Paulo disputou o mesmo número de confrontos em casa pela competição continental. Registrou-se uma leve diminuição no público total e, consequentemente, na receita. Em 2025, o Morumbis acolheu 244.106 torcedores, resultando em uma média de 48.821 espectadores por jogo e uma arrecadação total de R$ 20.893.250,00. Em perspectiva, a Copa Sul-Americana de 2022 atraiu 217.101 torcedores em seis partidas, com média de 36.183 por jogo. Em 2023, pela mesma competição, foram 194.102 torcedores em cinco jogos, média de 38.820. No retorno à Conmebol Libertadores em 2024, o Morumbis recebeu 277.541 torcedores em cinco jogos, com uma impressionante média de 55.508 por partida. Apesar da recente redução no público e na renda, a arrecadação atual do São Paulo ainda supera em 62% os números de 2022 e em 98,4% os de 2023, ressaltando o valor intrínseco da Libertadores.

O Imperativo da Classificação para 2026

Dada a delicada situação financeira do clube, a eventual não classificação para a Conmebol Libertadores de 2026 imporia à diretoria a urgente necessidade de buscar alternativas robustas para suprir uma lacuna orçamentária significativa. A ausência na competição não é apenas uma derrota esportiva, mas um desafio econômico que exigirá medidas drásticas para ser mitigado.

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