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São Paulo nas Quartas: A Verdade Por Trás da Classificação Suada na Libertadores
Por Redação 1Soberano em 20/08/2025 04:10
A fase oitavas de final da Conmebol Libertadores reservou ao São Paulo um desfecho positivo, com a tão almejada vaga nas quartas. Contudo, a vitória obtida na última terça-feira, no Morumbi, veio acompanhada de um desempenho que levanta sérias indagações sobre a consistência da equipe. A expectativa inicial, de um confronto decisivo transformado em espetáculo, foi capturada pela celebração popular:
"Noite de libertadores é diferente no Morumbis!", como bem expressou Caio, da A Voz da Torcida. E, de fato, o início foi promissor.
Após um empate sem gols na Colômbia, a equipe paulista alcançou sua meta em apenas dois minutos de jogo no Morumbi. O gol de André Silva, que abriu o placar em 1 a 0, forneceu a vantagem necessária para a classificação. No entanto, o que se viu após esse momento inicial foi uma inexplicável regressão tática. O ímpeto ofensivo desapareceu, e o time parecia contentar-se com a magra vantagem, abdicando de seu protagonismo em campo.
A estratégia adotada pelo técnico Hernán Crespo, uma vez que o placar foi inaugurado, não se concretizou. Embora o São Paulo tenha esboçado outras oportunidades e demonstrado um breve domínio, essa fase durou pouco. A promessa de controle da partida se desfez rapidamente, dando lugar a uma atuação que beirava a passividade.
A Derrocada Tática e a Falta de Conexão
Com a liderança no marcador, seria sensato que o São Paulo buscasse reduzir o ritmo, trocando passes no meio-campo e construindo jogadas com paciência, visando ampliar a vantagem. Curiosamente, a equipe de Hernán Crespo optou pelo caminho inverso. A cada recuperação da posse de bola, a tentativa era de uma transição rápida e direta, buscando surpreender o Atlético Nacional, mas sem sucesso na maioria das vezes.
O jogo tornou-se desconfortável para o Tricolor. Embora a defesa tenha se portado de forma razoável, a incapacidade de reter a bola e de circular os lances com tranquilidade comprometeu a construção ofensiva. André Silva , isolado na frente, travou batalhas árduas e cumpriu bem seu papel de pivô em lances complexos. Já Luciano, seu companheiro de ataque, não encontrou seu espaço na partida, sendo pouco servido pelos colegas de equipe.
O segundo tempo trouxe consigo uma piora ainda mais acentuada no desempenho. As alterações promovidas por Crespo não produziram o efeito desejado. A entrada de Lucas no lugar de Rodriguinho, por exemplo, resultou na perda do controle do meio-campo, mesmo que tenha adicionado velocidade. A conexão entre o setor defensivo e o ataque, crucial para a criação de jogadas, simplesmente não se estabeleceu.
O Drama no Morumbi e o Herói Inesperado
Para agravar a situação, o Atlético Nacional conseguiu o empate em uma cobrança de pênalti, originada por uma infração desnecessária cometida por Enzo Díaz. Morelos já estava sob a marcação de Sabino, que hesitou e permitiu a virada do adversário. O lateral, então, em um ímpeto excessivo de desarme, cometeu a penalidade máxima. A frase que adorna o Morumbi, presente atrás do goleiro Rafael, que diz:
"Sentimento que jamais acabará", parecia mais pertinente do que nunca diante do cenário de tensão.
Um clima de drama tomou conta do Morumbi. A pressão sobre o Atlético Nacional já não era a mesma. Mesmo com um jogador a mais, devido à expulsão de Cardona, o São Paulo conseguiu retomar certo controle, mas não o suficiente para evitar a decisão por pênaltis. O Atlético Nacional, naturalmente, recuou suas linhas. O São Paulo , com Lucas, Luciano e Ferreira, tentou chegar ao gol, mas a ausência de força no meio-campo e a ineficácia das jogadas pelos lados persistiam.
O empate, com seus ares dramáticos, conduziu a disputa para as penalidades máximas. Das arquibancadas, a voz uníssona dos 57.461 torcedores presentes impulsionou os atletas em campo. E, mais uma vez, Rafael brilhou. A defesa de uma das cobranças desperdiçadas pelo Atlético Nacional, somada à outra penalidade defendida no jogo de ida, eleva Rafael à condição de grande herói do São Paulo na sua jornada rumo às quartas de final da Libertadores. Em uma noite de futebol aquém do esperado, a eficiência nos momentos cruciais foi o diferencial. E essa eficiência, sem dúvida, teve um nome: Rafael .
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