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São Paulo X Palmeiras: Áudios do VAR Revelam Falhas Cruciais no Clássico
Por Redação 1Soberano em 09/10/2025 03:20
A tensão pré-jogo no ambiente do Choque-Rei muitas vezes se estende para além dos noventa minutos, e a última edição do clássico entre São Paulo e Palmeiras não foi exceção. O clube do Morumbi aguarda com expectativa a liberação e publicação de cinco gravações do Árbitro de Vídeo (VAR), que prometem lançar luz sobre momentos decisivos e controversos da partida. A diretoria tricolor, em especial, aponta falhas cruciais na condução da arbitragem, sob o comando de Ramon Abatti Abel e com a intervenção do VAR Ilbert Estevam da Silva.
As reclamações do São Paulo concentram-se em meia dezena de incidentes que, na visão do clube, alteraram significativamente o curso do confronto. Entre os pontos mais questionados estão a não expulsão de Gómez, uma infração supostamente cometida contra Tapia que precedeu o gol palmeirense, e a aplicação de um cartão amarelo a Andreas Pereira, que, segundo o Tricolor, deveria ter sido vermelho. Contudo, o episódio de maior repercussão e controvérsia envolve um suposto pênalti não assinalado de Allan sobre Tapia. A decisão da equipe de arbitragem, neste caso, baseou-se na interpretação de que o jogador palmeirense escorregou, o que, para eles, invalidaria a marcação da penalidade.
A gravidade percebida desses erros levou a uma resposta imediata da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Horas após o clássico, a entidade máxima do futebol brasileiro reconheceu as falhas de arbitragem e, por meio de um comunicado oficial, anunciou o afastamento de Abatti Abel e Estevam da Silva do quadro de árbitros em atividade. Este reconhecimento, embora tardio para o resultado do jogo, validou parte das preocupações levantadas pelo São Paulo .
A Virada no Protocolo do VAR e a Transparência Necessária
A expectativa pela divulgação dos áudios do VAR ganhou um novo contorno com a recente autorização da FIFA para que a CBF possa torná-los públicos. Nos bastidores do futebol brasileiro, essa permissão e a consequente mudança no protocolo de divulgação são vistas como uma importante conquista. Anteriormente, as "checagens silenciosas" ? ou seja, as intervenções do VAR que não resultavam na convocação do árbitro de campo ao monitor ? não tinham seus áudios expostos sem uma autorização específica da entidade máxima do futebol mundial.
A partir de agora, a CBF instituiu uma nova regra: os registros sonoros dessas checagens silenciosas também serão divulgados regularmente, sem a necessidade de solicitar permissão prévia à FIFA. Essa alteração protocolar representa um avanço significativo em termos de transparência e accountability no processo de arbitragem, permitindo que clubes e torcedores tenham acesso a informações que antes permaneciam restritas.
Para o São Paulo , esta mudança não é apenas uma formalidade, mas um resultado direto de sua persistência. A liberação dos áudios e a revisão do protocolo da FIFA são interpretadas como uma vitória nos bastidores, fruto de um esforço contínuo do clube para garantir maior clareza e justiça nas decisões de campo. A agilidade na publicação dos cinco áudios reclamados é agora a principal demanda do Tricolor.

A Liderança do São Paulo na Busca por Respostas
A interlocução com a CBF, crucial para se chegar a este ponto, foi liderada pelo presidente são-paulino, Julio Casares. Logo após o término do clássico de domingo, o mandatário do São Paulo estabeleceu contato direto com Samir Xaud, presidente da CBF, e com Rodrigo Cintra, coordenador-geral da Comissão de Arbitragem. Nessas conversas iniciais, a confederação já havia admitido as falhas que seriam posteriormente confirmadas pelo afastamento dos árbitros.
É importante destacar que o caminho para a divulgação dos áudios não foi simples. Conforme apurado, o São Paulo enfrentou considerável resistência por parte da CBF em relação à publicação dos áudios. No entanto, a insistência e a argumentação do clube foram determinantes para convencer a confederação a formalizar um ofício à FIFA, solicitando a permissão necessária. Essa postura proativa demonstra o compromisso do São Paulo com a integridade do esporte e a busca por um processo de arbitragem mais justo e transparente para todos os envolvidos.
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