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Dívida do São Paulo FC Quase R$ 1 Bi: Casares Fala em Otimismo e Controle

Por Redação 1Soberano em 05/05/2025 22:50

O Cenário Financeiro Desafiador do São Paulo

O São Paulo Futebol Clube viu seu endividamento atingir patamares que geram significativa apreensão. Conforme o balanço financeiro mais recente, referente ao exercício de 2024, o débito do clube alcançou a marca de R$ 968,2 milhões. Este valor representa um salto considerável em comparação aos R$ 666,6 milhões registrados ao final de 2023, indicando um acréscimo de R$ 301,5 milhões em apenas um ano.

Dívida do São Paulo FC Quase R$ 1 Bi: Casares Fala em Otimismo e Controle
Foto: (Marcos Ribolli)

Fatores por Trás do Aumento da Dívida

Diversos elementos contribuíram para este crescimento expressivo da dívida. Um dos pontos de maior impacto foi a discrepância entre a meta de arrecadação com a comercialização de atletas e o montante efetivamente obtido. Havia uma projeção de embolsar R$ 174,1 milhões com negociações de jogadores, mas o clube conseguiu gerar apenas R$ 93,3 milhões, resultando em uma diferença negativa de R$ 80,7 milhões.

Adicionalmente, os custos relacionados ao departamento de futebol profissional superaram as expectativas. O investimento previsto para a área em 2024 era de R$ 542,9 milhões, contudo, os gastos efetivos chegaram a R$ 625,4 milhões. Este descompasso entre o planejado e o realizado no futebol também pesou no balanço financeiro.

A Resposta do Presidente Julio Casares

Diante deste panorama financeiro, o presidente do São Paulo , Julio Casares, veio a público assegurar que a instituição já implementou um processo rigoroso de gestão de despesas. Em declarações recentes, o dirigente apontou que o reequilíbrio das finanças e o fortalecimento das categorias de base são as bases estratégicas para o período em curso de sua administração.

Casares reconheceu a inquietude gerada pelos números do balanço, não apenas entre os torcedores, mas em toda a estrutura do São Paulo . No entanto, ele expressou convicção de que o quadro atual já sinaliza melhoras e que há uma trajetória definida para sustentar uma equipe competitiva de forma responsável nos próximos anos, com previsibilidade até 2030.

Ele contextualizou as despesas passadas, associando-as à necessidade de resultados em campo em seu primeiro mandato, iniciado durante a pandemia. "O balanço foi aprovado nas três instâncias, e claro que gera uma preocupação não só no torcedor, mas em todos nós. Nós sabemos o que estamos fazendo, chegamos aqui em 2021, em uma pandemia. O torcedor vinha para tentar salvar o São Paulo de um eventual rebaixamento, e eu dizia que deveríamos trazer o torcedor de volta no nosso primeiro mandato. Eu tinha que ter resultado dentro de campo, e foi o que aconteceu. Quando você ganha, sua despesa também sobe, porque o jogador é valorizado, você tem uma reforma de contrato, assim por diante", detalhou Casares.

Apesar do aumento das despesas em função das conquistas, o presidente defendeu a estratégia: "No entanto, é melhor eu ter uma despesa previsivelmente que vai subir, do que uma despesa que vai subir sem conquistas. A segunda parte do mandato, que começou em uma transição em 24, era buscar um mercado de capital através do fundo e focar no financeiro e na base. Esses são os nossos pilares".

Controle de Gastos e Projeções Futuras

O mandatário tricolor enfatizou que a fase atual é de vigilância máxima sobre os gastos. "Agora, nós vamos observar a redução drástica da despesa, o acompanhamento rígido do orçamento, isso já está acontecendo. O primeiro trimestre já nos deu um horizonte muito bom de resultado. Nós estamos trabalhando, olhando o São Paulo para o futuro", afirmou.

Um dos pontos destacados pela gestão como fundamental para a recuperação financeira é a projeção de receitas futuras garantidas. O clube projeta ter mais de dois bilhões de reais em contratos a receber até 2030. "Já temos, até 2030, mais de dois bilhões em reais de contratos recebíveis. Isso vai alimentar a continuidade do fundo e dar uma tranquilidade para o meu sucessor, mas depende da continuidade de fazer um time competitivo, mas com muita responsabilidade e, ao mesmo tempo, ter essa dívida num viés de baixa", concluiu Casares.

Essa perspectiva de receita futura é reforçada por acordos recentes, como a renovação do patrocínio máster com a Superbet até 2030, além de outras parcerias que foram estendidas. A diretoria estima que esses contratos assegurem R$ 2 bilhões em entradas para os próximos cinco anos, um pilar importante na estratégia de reestruturação financeira do clube.

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Comentado em 06/05/2025 03:10 Muita esperança no futuro, Tricolor!
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Comentado em 06/05/2025 01:00 Vai dar certo, é só ter fé, mlk!
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