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São Paulo é o time com mais lesões no Brasil em 10 anos
Por Redação 1Soberano em 26/12/2025 07:11
O cenário médico do São Paulo nos últimos dez anos é motivo de alerta e reflexão profunda para a diretoria e comissão técnica. De acordo com um levantamento minucioso realizado pelo portal ge, o Tricolor Paulista ostenta a incômoda liderança no ranking de lesões do futebol brasileiro no período entre 2016 e 2025. Com um total de 483 registros, o clube supera rivais diretos como Grêmio e Corinthians, que aparecem logo em seguida nesta lista de baixas clínicas.
?Tem alguma coisa muito errada?
A frase proferida durante o programa Seleção sportv resume o sentimento de perplexidade diante da frequência com que os atletas são encaminhados ao departamento médico no MorumBIS. Para tentar estancar essa sangria, o São Paulo tem promovido sucessivas reestruturações internas. Recentemente, visando a temporada de 2026, o clube optou pelo desligamento de profissionais da fisiologia e preparação física, repetindo um movimento de reformulação que já havia ocorrido em 2023, quando médicos foram dispensados e o Reffis passou por mudanças estruturais.
A hegemonia negativa do São Paulo no departamento médico
A média de 48,3 lesões por ano coloca o São Paulo em uma posição de vulnerabilidade constante. Esse histórico de desfalques impacta diretamente o planejamento tático e o desempenho dentro das quatro linhas, uma vez que o treinador raramente conta com a força máxima do elenco por períodos prolongados. Embora o Coritiba apresente uma média ligeiramente superior por temporada disputada na elite, o volume total de casos no Tricolor é o mais expressivo do país.
| Posição | Clube | Total de Lesões (10 anos) |
|---|---|---|
| 1º | São Paulo | 483 |
| 2º | Grêmio | 457 |
| 3º | Corinthians | 431 |
| 4º | Botafogo | 428 |
| 5º | Internacional | 414 |
No caso do Grêmio, segundo colocado, o impacto foi concentrado especialmente nos anos de 2017 e 2018, que somaram mais de um quarto de todas as suas ocorrências na década. Já o Corinthians teve seu pior momento em 2022, ano em que o volante Paulinho sofreu uma grave lesão de ligamento, evidenciando que, além da quantidade, a natureza das contusões também dita o ritmo das temporadas dos grandes clubes.
Comparativo de eficiência e tempo de recuperação
Um dado curioso surge quando analisamos a gravidade das lesões em vez da quantidade absoluta. O Vasco, que figura na 21ª posição em número de casos, lidera um ranking muito mais preocupante: o de tempo médio de permanência no departamento médico. No clube carioca, os jogadores levam, em média, quase 50 dias para retornar aos gramados. O caso do zagueiro Breno, que acumulou mais de mil dias afastado, ilustra como casos complexos podem distorcer as estatísticas de um clube.
| Clube | Média de Dias no DM |
|---|---|
| Vasco | 49,79 |
| Bragantino | 44,37 |
| Cruzeiro | 44,22 |
| Chapecoense | 43,89 |
| Botafogo | 40,99 |
Enquanto isso, o São Paulo apresenta uma média de 37,17 dias de recuperação. Isso indica que, embora o Tricolor sofra com uma alta rotatividade de pacientes, o tempo de tratamento é relativamente menor se comparado ao Vasco ou ao Cruzeiro. Na Raposa, nomes como Dedé e Henrique também elevaram a média de dias parados devido a problemas crônicos que marcaram suas passagens por Belo Horizonte.
O mapa das lesões e os recordistas de ausência
A análise fisiológica mostra que o músculo da coxa é o maior vilão dos jogadores profissionais, respondendo por mais de 3.500 ocorrências na última década. A alta intensidade das arrancadas e o desgaste físico inerente ao calendário brasileiro explicam por que essa região é a mais afetada, seguida de longe por problemas no joelho e tornozelo. No São Paulo , o atacante Pablo e o zagueiro Rodrigo Caio figuram entre os atletas que mais frequentaram o departamento médico em suas trajetórias recentes.
Individualmente, o volante Maicon, ex-Grêmio, detém o recorde de idas ao DM, com 26 passagens. O atacante Marinho aparece logo atrás, com 25 registros distribuídos por diversos clubes, embora a maioria de seus casos tenha sido de menor gravidade. No Corinthians, o jovem Ruan Oliveira viveu um drama pessoal ao passar quase 1.400 dias em tratamento, o maior tempo acumulado por um único atleta no período analisado.
Para o São Paulo , os números servem como um diagnóstico de que a excelência do passado no Reffis precisa ser resgatada com urgência. A liderança isolada em lesões totais não é apenas um dado estatístico, mas um entrave real que separa o clube de conquistas mais consistentes. A busca por um equilíbrio entre a preparação física de alto rendimento e a prevenção de danos musculares continua sendo o maior desafio de bastidores no MorumBIS.
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