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Belmonte Detalha Saída do São Paulo: Proteção ao Time e Próximos Passos Políticos do Tricolor
Por Redação 1Soberano em 03/12/2025 16:51
A figura de Carlos Belmonte, ex-diretor de futebol do São Paulo, voltou ao centro das discussões ao detalhar os pormenores de sua saída antecipada do cargo. Em entrevista ao "De Primeira", do Canal UOL, Belmonte desvendou as camadas por trás de sua decisão, que, segundo ele, visou proteger o elenco e conferir estabilidade à diretoria no planejamento estratégico para 2026.
A decisão de deixar a função, embora já planejada para o término da temporada, foi precipitada por eventos cruciais. Belmonte aponta a derrota para o Mirassol como o primeiro estopim, seguido pela humilhante goleada de 6 a 0 contra o Fluminense, que selou a antecipação de sua despedida.
O pivô da decisão original, conforme Belmonte, reside numa reestruturação interna. Ele explica:
Eu já tomei essa decisão após o jogo contra o Mirassol, quando São Paulo é derrotado pelo Mirassol. O presidente Julio toma uma decisão, e ele tem todo o direito de tomá-la porque é o presidente, de colocar o superintendente, o Márcio Carlo Magno, com quem eu tenho também excelente relação, mais próximo do futebol. Eu achei que isso não seria bom, ter um duplo comando no futebol, e tomei a decisão que saía no final da temporada. Com a derrota terrível para nós, para o Fluminense, eu tomei também a decisão de antecipar essa saída para dar mais tranquilidade para o presidente Julio nessa reformulação para o ano que vem e também tirar naquele momento um pouco o foco dos atletas, mudar um pouco o noticiário com a minha saída.
O Pano de Fundo: Duplo Comando e a Goleada Fatal
A saída, ocorrida a poucos dias do encerramento do campeonato, não o afastou do acompanhamento tricolor. Belmonte enfatiza a importância do momento atual para o clube:
Era uma semana apenas antes do final do campeonato. Então, eu saí, estou bastante tranquilo, mas continuo nesse momento observando tudo em São Paulo, hoje torcendo demais para que São Paulo vença o Internacional e consiga a vaga para Libertadores, porque a vaga para Libertadores significa três vezes mais de arrecadação com relação à Sul-Americana. E eu sempre digo, não desfazendo da Sul-Americana, mas o lugar do São Paulo é na Libertadores.
Apesar de sua desvinculação do departamento de futebol, Belmonte reiterou seu apoio incondicional à gestão de Julio Casares. Sua lealdade se estende ao grupo político que representa, garantindo que a coalizão permanecerá ativa até o fim do mandato presidencial.
A despeito da mudança de função, a postura política de Belmonte é clara. Ele afirma:
Eu estou do lado de São Paulo, não estou de um lado nem do outro, mas tirando a brincadeira de lado, meu grupo político, eu saí, deixei a gestão, eu tenho gratidão ao presidente Julio, que me colocou no futebol, fiquei com o presidente Julio cinco anos, portanto, não vejo sentido de, ao sair do futebol, e essa também foi uma decisão pessoal minha, eu não vejo sentido de deixar de apoiar a gestão do presidente Júlio até o final. Então, meu grupo permanece na coalizão até segunda consequência a partir de agora. Nós estamos na coalizão, eu faço parte da coalizão como coordenador do meu grupo, então permaneceremos na coalizão.
Alinhamento Político e o Sonho da Libertadores
Quanto a uma possível candidatura à presidência do São Paulo nas eleições vindouras, Belmonte adota uma postura cautelosa, sem descartar completamente a possibilidade. Ele reconhece a existência de outros nomes qualificados dentro do conselho, mas prioriza outros aspectos de sua vida neste momento.
Sobre o futuro político e sua própria ambição, ele pondera:
Com relação a ser presidente, há vários nomes no São Paulo que têm muita condição de serem presidentes após a gestão do presidente Julio. Eu te garanto que tem 10, 12 conselheiros com totais condições de assumir o São Paulo e fazer uma boa gestão a partir de 2027. Eu acho que o meu nome está entre esses nomes, mas nesse momento eu não penso nisso, de verdade. Nesse momento, quero descansar um pouco com a minha família, são cinco anos no futebol. Eu tenho uma netinha de quatro anos que eu quero estar muito mais próximo, ver crescer. Então, nesse primeiro momento, eu não penso em ser presidente de São Paulo. Vou ficar mais próximo da minha família e lá na frente, a partir de março, aí a gente vai discutir política com os demais grupos.
Assim, Carlos Belmonte, ao se afastar da linha de frente do futebol, recalibra suas prioridades, mas mantém-se como uma voz influente nos corredores do Morumbi, observando os desdobramentos e aguardando o momento certo para, quem sabe, reassumir um papel de maior destaque na política tricolor.
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