Casagrande detona São Paulo: Gestão igual ao Corinthians

O cenário institucional do São Paulo tornou-se alvo de duras críticas por parte de Walter Casagrande. Em análise recente, o colunista afirmou que o clube do Morumbi atingiu um patamar de instabilidade administrativa comparável ao do Corinthians, frequentando o que ele classifica como páginas policiais. O comentarista destacou que episódios envolvendo coação, dívidas acumuladas e controvérsias sobre o uso de camarotes e veículos expõem a gravidade do momento interno.

De acordo com Casagrande, a deterioração dos bastidores são-paulinos é evidente e exige mudanças imediatas para evitar um agravamento ainda maior. A citação direta do analista reforça essa percepção de urgência:

"Se lá no Corinthians ninguém se mexer, a coisa vai continuar piorando. E o São Paulo chegou junto ao Corinthians nessa situação. Página policial... coação, dívida, questão do camarote, carro, umas coisas assim, coisa pequena, mas tem coisas grandes também."

Abaixo, uma breve comparação dos pontos citados sobre a situação institucional mencionada:

Divergência entre resultados esportivos e falhas de gestão

Apesar de traçar um paralelo entre as gestões dos dois rivais paulistas, Casagrande acredita que o São Paulo terá mais dificuldade em colher frutos dentro de campo enquanto a administração estiver comprometida. Para ele, o Corinthians consegue mitigar seus problemas internos através de uma relação peculiar com sua torcida, o que gera conquistas esporádicas que mascaram os problemas de fundo.

O colunista enfatiza que essa dinâmica não deve se repetir no Morumbi, dada a diferença histórica e de comportamento entre as instituições. Ele pontuou essa disparidade de forma contundente:

"O São Paulo alcançou o Corinthians na situação grave da administração. Alcançou. Só não vai conseguir alcançar os resultados que acontecem no campo. Porque os comportamentos, a história, o tipo de relação de torcida e time é diferente. Então, o Corinthians continua devendo quase 3 bilhões, mas ganhou um campeonato paulista, ganhou maravilhosamente uma Copa do Brasil, dá uma abafada, mas nada mudou."

Essa visão crítica sugere que, para o São Paulo , a desorganização administrativa tem um peso maior no desempenho técnico, já que o clube não possuiria os mesmos mecanismos de abafamento de problemas que o rival utiliza ao conquistar títulos mesmo em meio ao desequilíbrio financeiro.

O panorama das finanças e o mercado da bola

A discussão sobre a fragilidade financeira não se limitou aos clubes paulistas. Mauro Cezar Pereira trouxe à tona o exemplo do Internacional, mencionando a incapacidade do clube gaúcho em quitar obrigações básicas, como a contratação do volante Thiago Maia. O jornalista comparou a saúde financeira de diferentes potências nacionais para ilustrar o abismo existente no futebol brasileiro.

"Quando você vê, por exemplo, houve um enfrentamento, Flamengo e Internacional numa Libertadores esse ano, vê essa situação do Flamengo e vê a situação do Inter, que não paga o Thiago Maia até hoje, olha só, não consegue pagar um jogador, gente."

Complementando o debate sobre o mercado, Danilo Lavieri analisou a trajetória de um atleta que, após uma passagem sem brilho pelo Real Madrid, busca reconstruir sua carreira em centros de menor pressão. O foco, segundo o jornalista, é a recuperação da confiança e do tempo de jogo perdido no exterior.

"Foi para o Real Madrid no começo da trajetória dele na Europa, não deu certo, e agora ele tenta ter um espaço maior, ter um clube que ele vai poder jogar com mais frequência, acho que numa liga abaixo do que é a liga espanhola. Também num time que tem menos pretensão, obviamente, do que é o Real Madrid. Mas o principal para ele agora é recuperar espaço, poder jogar, ganhar confiança de novo e voltar pra trilha que a gente imaginava dele saindo aqui do Brasil."

O cenário apresentado pelos especialistas desenha um quadro de alerta para o São Paulo , onde a gestão precisa ser revista para que o clube não fique estagnado em polêmicas extra-campo e consiga retomar a competitividade condizente com sua história.