Casares Revela Nova Gestão do Futebol no São Paulo e Rota para 2026

Em um pronunciamento direto e necessário, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, convocou a imprensa na tarde da última sexta-feira (28), no Centro de Treinamento da Barra Funda. O encontro teve como objetivo principal elucidar o momento delicado vivido pela equipe e as recentes movimentações no departamento de futebol do clube, marcadas pela saída de importantes figuras.

A mais notável dessas saídas foi a de Carlos Belmonte, que ocupava a diretoria de futebol. Sua desvinculação ocorreu após a contundente derrota por 6 a 0 para o Fluminense. Segundo Casares, a decisão de Belmonte não foi súbita, mas já havia sido articulada previamente. Questionado sobre a eventual substituição para a posição, o mandatário tricolor detalhou a nova configuração da gestão.

Transformação na Gestão: Adeus aos Conselheiros

Casares foi enfático ao delinear o novo modelo de governança para o setor de futebol. O clube planeja uma guinada em direção à profissionalização, afastando o papel de conselheiros de funções executivas diretas no departamento.

?Não teremos nenhum conselheiro. Futebol será tocado por profissionais. Rui Costa executivo e o Muricy como coordenador de futebol. Esse é o quadro para 2026. Quando o CEO assumir, ele será o CEO, chefe de todos?

Essa reestruturação, conforme o presidente, não é meramente reativa. As alterações, embora antecipadas pela goleada sofrida, já faziam parte de um plano estratégico mais amplo. O Marcio, que assumirá a posição de CEO, terá um papel crucial nesse processo. "As mudanças foram necessárias, estávamos prevendo mudanças para depois do Brasileirão, mas tivemos que antecipar. O Marcio é o CEO, está aqui para apoiar o processo de profissionalização, que terá o Rui Costa e o Muricy. Está aqui para acelerar o planejamento para 2026?, explicou Casares.

O Horizonte de 2026: Planejamento e Profissionalização

O planejamento para a próxima temporada emergiu como um dos temas centrais da coletiva, ecoando discussões anteriores do técnico Hernán Crespo sobre a composição do elenco. Júlio Casares complementou essa visão, traçando os próximos passos da direção do São Paulo em busca de uma estrutura mais robusta e eficiente.

O presidente abordou a questão dos equívocos de forma coletiva, evitando a individualização. ?Difícil enumerar erros. O erro do presidente foi delegar, sentir que o planejamento teve falha. O erro é coletivo. 2024 foi difícil, competimos contra o Botafogo, nos acendeu que estávamos em um bom caminho. Mas depois sofremos com lesões. Acho que foi esse caminho. Não gosto de individualizar?, ponderou.

Responsabilidade Compartilhada e o Novo Tripé Profissional

Casares também fez menção ao processo de sucessão para a presidência, classificando qualquer discussão sobre candidatos como prematura. ?Quando você fala que o diretor é candidato natural, isso depende, acho um momento precoce. Meu Deus, temos um ano. Foi estabelecido um cronograma com a assinatura dele. Em junho vamos definir. Não podemos esquecer. Todos contribuíram. Fomos campeões três vezes, vice duas vezes, ganhamos a Copinha, temos que melhorar a transição. É uma resposta que te dou de forma ampla?, afirmou.

A visão final de Casares ressalta a importância de uma gestão unificada e profissionalizada. ?Não tenho candidato A, B ou C. Hoje temos um tripé profissional: Rui, Muricy e o CEO, que não vai ficar na Barra Funda. Temos que nos organizar ao nosso orçamento", concluiu, reforçando o compromisso com a organização financeira e a otimização dos recursos para o futuro do clube.