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Cicinho e o Gol Eterno: Bastidores, Ceni e Marcos Revelam Tudo da Libertadores 2005
Por Redação 1Soberano em 15/07/2025 14:10
A memória da Copa Libertadores de 2005, para o torcedor são-paulino, é indissociável de figuras que transcenderam o campo. Entre elas, o nome de Cicinho resplandece, especialmente pelo lance que eternizou sua passagem pelo clube. Em uma recente entrevista concedida ao documentário "Doutrinadores", da ESPN, o ex-lateral-direito do São Paulo revisitou a jogada que selou um dos momentos mais simbólicos na campanha vitoriosa do tricampeonato continental: o emblemático gol contra o Palmeiras.
Precisamente aos 14 minutos e seis segundos daquele clássico inesquecível, a genialidade se manifestou. Cicinho , em um movimento inesperado, conduziu a bola para o centro do campo e, com a perna canhota ? sua menos dominante ?, desferiu um chute potente que superou a agilidade e a envergadura do lendário goleiro Marcos. Um lance que não apenas resultou em gol, mas gravou sua imagem de forma indelével na mente dos adeptos do Tricolor. A intensidade daquele momento ainda reverbera no jogador, que confessa:
Coloco para o meu filho, para minhas filhas, para os meus amigos. Pode ter certeza que mais de mil vezes eu já vi aquele gol.
O Gol Eterno: A Memória de Cicinho na Libertadores de 2005
A magnitude de Cicinho em 2005, no entanto, não se restringiu a um único feito. Sua participação foi decisiva ao longo de toda a temporada, culminando em estatísticas impressionantes: 10 gols marcados e 23 assistências distribuídas. Um desempenho que, inegavelmente, pavimentou seu caminho para o Real Madrid no ano subsequente. Ademais, o ex-lateral foi uma peça-chave nas consagrações do Campeonato Paulista, da própria Libertadores e do Mundial de Clubes, consolidando aquele período como um dos mais gloriosos de sua trajetória profissional.
O palco do futebol, muitas vezes, nos presenteia com cenas de rivalidade e admiração. Cicinho , em sua jornada, teve a oportunidade de interagir com duas das maiores lendas da meta brasileira: Marcos e Rogério Ceni. O impacto de seu gol contra o Palmeiras ecoou em Ceni, que, com a sabedoria de um capitão, prognosticou:
Ganhar de 1 a 0, com gol de esquerda do Cicinho, no Parque Antártica, dificilmente a gente não seria campeão.O respeito transcendeu a rivalidade quando Marcos, o arqueiro palmeirense, em um gesto de pura esportividade, presenteou o pai de Cicinho com uma de suas luvas, após outro tento sofrido pelo ídolo alviverde.
Gigantes em Campo: O Desempenho de Cicinho e a Reverência de Ídolos
A aparente improbabilidade daquele chute de esquerda, que surpreendeu a todos, não foi um mero capricho do destino. Cicinho desmistificou o acaso, revelando a disciplina por trás da jogada.
Eu me lembro de treinar cruzamentos e chutes de canhota após os treinos,confessou o atleta. Deste modo, o gol icônico se revela não como uma casualidade, mas como o resultado tangível de uma dedicação incessante e de um aprimoramento técnico contínuo.
Antes da glória no Morumbi, a trajetória de Cicinho até o São Paulo foi marcada por desafios. Sua vinda ao clube paulista ocorreu em um cenário de ruptura judicial com o Atlético-MG, seu antigo empregador.
Entrei na Justiça porque eles não pagavam,explicou o jogador, evidenciando as dificuldades financeiras enfrentadas. Foi a partir de um cheque de R$ 100 mil, providenciado pelo São Paulo, que o lateral pôde, finalmente, proporcionar um Natal digno à sua família, um alívio em meio à incerteza.
Da Persistência à Glória: A Construção de um Ícone Tricolor
Assim, a narrativa de Cicinho não se restringe apenas aos feitos em campo, mas se estende às suas vivências pessoais, tecendo um legado de superação e momentos inesquecíveis que, até os dias atuais, continuam a inspirar e emocionar a torcida são-paulina.
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