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Decisão Unilateral de Casares Sobre Jogo na Vila Causa Desconforto Político no São Paulo
Por Redação 1Soberano em 26/11/2025 05:51
Uma decisão estratégica tomada de forma isolada pelo presidente Julio Casares, visando a realocação do confronto do São Paulo contra o Internacional para a Vila Belmiro em 3 de dezembro, gerou um considerável mal-estar político nos corredores do clube. A medida, articulada sem uma consulta abrangente, surpreendeu a maioria dos aliados da gestão, que só tomaram conhecimento da mudança por meio da imprensa. Em contrapartida, o dirigente negou qualquer isolamento político em sua administração, atribuindo a alteração do local da partida a "critérios técnicos".
A apuração revela que foi o próprio mandatário quem impulsionou a transferência do embate para Santos. O processo foi descrito como "rápido", desenvolvendo-se entre a noite de segunda-feira e a manhã de terça-feira, e envolveu um círculo restrito de colaboradores. Muitos dos principais apoiadores da atual gestão sequer estavam cientes de que Casares considerava retirar o jogo do Morumbis. Uma fonte interna da administração expressou surpresa e incompreensão diante da lógica adotada pela alta cúpula.
A forma como a informação chegou aos aliados ? via veículos de comunicação ? intensificou a irritação dentro da base política do clube. O sentimento geral nos bastidores é de discordância, tanto pela postura "isolada" do presidente, que não buscou a opinião de muitos de seus apoiadores, quanto pelo mérito da própria decisão de mudar o local da partida.
A Controvérsia da Transferência e o Custo Político
O fator primordial por trás da decisão de Casares em retornar à Vila Belmiro, conforme apurado, foi o receio de manifestações organizadas de torcedores, previstas para ocorrer nas imediações do Morumbis horas antes do jogo. A avaliação predominante entre diversos membros da situação é que o prejuízo político decorrente da alteração do local supera os potenciais danos de uma nova manifestação contra a diretoria.
Nos últimos jogos em que o São Paulo atuou como mandante, Casares tem sido alvo frequente de protestos contrários à sua gestão. As três partidas anteriores ? uma vitória, uma derrota e um empate, respectivamente contra Juventude, Red Bull Bragantino e Flamengo ? já haviam sido realizadas na Vila Belmiro, em função de uma série de eventos e shows programados para o Morumbis. Essas manifestações foram notórias, com torcidas organizadas distribuindo materiais críticos, alguns com alusões diretas a dirigentes, o que gerou desconforto e preocupação com a segurança institucional do clube.
Justificativas em Contradição e a Defesa da Gestão
Inicialmente, na semana anterior, o São Paulo havia obtido a autorização da CBF para transferir o jogo contra o Internacional da Vila Belmiro de volta para o Morumbis. A cúpula são-paulina assegurava, na ocasião, que o gramado estaria em plenas condições para receber o confronto após a sequência de shows. No entanto, na manhã da última terça-feira, o clube formalizou um novo pedido à CBF para que a partida, agendada para 3 de dezembro, retornasse à Vila Belmiro. A justificativa apresentada para essa nova troca foi a suposta falta de condições do gramado, o que contradiz diretamente o discurso adotado nos dias precedentes.
Em contato, o presidente Julio Casares apresentou sua versão dos fatos. Ele reiterou a inexistência de qualquer isolamento político em sua gestão e enfatizou que a mudança de palco do jogo não teve relação com eventuais protestos, mas sim com "critérios técnicos". Segundo o mandatário, a presidência tricolor foi alertada pelo departamento responsável pela administração do estádio sobre o estado precário do gramado e a previsão de tempo chuvoso para o dia do embate. A combinação desses fatores, argumentou, poderia comprometer a partida e colocar em risco a integridade física dos atletas.
O presidente também fez questão de reafirmar que não há um racha em sua base política. Ele mencionou uma reunião recente com membros da Coalizão, que contou com a presença de figuras influentes nos bastidores do clube, como Carlos Belmonte, Douglas Schwartzmann, Vinicius Pinotti e Olten Ayres. Nesse encontro, segundo Casares, foi definido que o processo de sucessão da situação para as eleições do próximo ano passará primordialmente por sua liderança.
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