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Escândalo de Racismo no Sub-20: Jogo do São Paulo Paralisado por Grave Acusação
Por Redação 1Soberano em 12/11/2025 19:40
O Incidente Que Chocou a Copa do Brasil Sub-20
Uma grave acusação de racismo forçou a interrupção da partida entre Fortaleza e São Paulo, válida pelo confronto de ida das quartas de final da Copa do Brasil sub-20. O duelo foi paralisado por quatro minutos, um fato lamentável que mancha a competição de base e levanta sérias questões sobre a conduta dentro de campo.
O centroavante chileno Rocco, atleta do Fortaleza, viu-se no centro da polêmica ao ser apontado como autor de um ato discriminatório contra o meio-campista Matheus Ferreira, do São Paulo . O lamentável episódio se desenrolou ainda na etapa inicial do embate, que teve como palco o Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, Ceará.
A faísca que acendeu o conflito surgiu após uma infração assinalada em favor da equipe cearense. Na sequência, uma disputa entre os dois atletas envolvidos na denúncia, Rocco e Matheus Ferreira , para reiniciar o jogo rapidamente, escalou para a grave acusação.
Protocolo Ativado, Punição Ausente: O Dilema da Arbitragem
A alegação é que Rocco teria proferido o termo pejorativo "macaco" em direção ao seu oponente, provocando uma resposta imediata e indignada dos jogadores são-paulinos. Uma aglomeração de atletas e comissões técnicas se formou nas proximidades dos bancos de reservas, exigindo a intervenção dos membros de ambas as equipes para restabelecer a ordem.
Diante da seriedade da denúncia, o árbitro Paulo Vitor de Lima Pereira prontamente acionou o protocolo de combate ao racismo. Contudo, apesar do procedimento, nenhuma sanção disciplinar foi imposta no momento, e o confronto foi reiniciado após quatro minutos, com ambos os atletas envolvidos permanecendo no gramado.
A decisão de não aplicar punição imediata, mesmo com o protocolo ativado, gera um debate sobre a eficácia das medidas de combate ao racismo no futebol, especialmente nas categorias de base, onde a formação de caráter é tão crucial quanto o desenvolvimento técnico.
Declarações Divididas e o Pós-Jogo
No intervalo da partida, as versões sobre o incidente começaram a surgir, com jogadores de ambas as equipes se manifestando. O canal "Sportv" registrou os depoimentos do meia Lucas Emanoel, do Fortaleza, e do zagueiro Andrade, representante do São Paulo .
Lucas Emanoel, do Fortaleza, defendeu seu companheiro, declarando:
Ele é um menino do bem, acredito que ele não falou isso. Mas também temos que respeitar o jogador do São Paulo
A resposta do zagueiro Andrade, do São Paulo , foi incisiva e demandou providências mais severas:
Basta. É preciso tomar medidas porque não podemos admitir isso. Meu jogador ouviu. O rapaz do Fortaleza tem que ser punido, ele tem que ser expulso e ir para a delegacia. Não podemos tolerar este tipo de situação. Não ouvi, mas meus companheiros ouviram
Na volta para o segundo tempo, o atacante Rocco não retornou ao campo do Presidente Vargas, sendo substituído. Por outro lado, Matheus Ferreira , o atleta supostamente ofendido, permaneceu em campo, dando continuidade à disputa. O desdobramento deste caso, que transcende as quatro linhas, será acompanhado com atenção, pois a luta contra o racismo no esporte exige ações concretas e não apenas protocolos.
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