Libertadores: Previsões Oitavas de Final, Análise Colunistas, Times Brasileiros, Chances de Avanço

Com o sorteio das oitavas de final da Copa Libertadores já definido, o cenário para os representantes brasileiros na competição se torna mais claro, e as análises dos especialistas ganham destaque. José Trajano e Rodrigo Mattos, em uma recente edição de seu programa, debruçaram-se sobre os confrontos, buscando identificar quais clubes nacionais enfrentam os maiores riscos de uma eliminação precoce no torneio continental.

A percepção unânime entre os renomados comentaristas é de que, das seis agremiações brasileiras que alcançaram esta fase, apenas três conseguirão avançar para as quartas de final. É fundamental observar que, devido ao embate direto entre Flamengo e Internacional, o número máximo de classificados do país já está restrito a cinco, tornando a disputa interna ainda mais relevante para a projeção final.

Além do clássico nacional, os demais embates que envolvem clubes do Brasil incluem o Palmeiras enfrentando o Universitario do Peru, o Fortaleza medindo forças com o Vélez Sarsfield da Argentina, o São Paulo diante do Atlético Nacional da Colômbia e o Botafogo desafiando a LDU do Equador. Cada um desses duelos carrega particularidades e desafios que podem determinar o destino dos times brasileiros.

O Confronto Interno e os Desafios Externos

O embate entre Flamengo e Internacional, por si só, já garante a eliminação de um gigante brasileiro. Para Juca Kfouri, o Flamengo é categorizado como "favoritaço" diante de um Internacional que tem demonstrado uma performance aquém das expectativas na temporada. Essa visão ressalta a disparidade de momento entre as duas equipes, colocando o Rubro-Negro em uma posição de clara vantagem.

No que tange aos confrontos que envolvem viagens e adversidades geográficas, o Fortaleza, que não tem exibido um desempenho convincente, enfrenta um cenário particularmente desafiador contra o Vélez Sarsfield. A necessidade de atuar em solo argentino é um obstáculo considerável para a equipe. Na avaliação de Kfouri, essa é uma agremiação com alta probabilidade de "dançar", ou seja, ser eliminada, o que reduziria o número de classificados brasileiros.

De maneira similar, o Botafogo, embora enfrente a LDU ? um oponente que Rodrigo Mattos considera menos formidável ?, terá de lidar com a temida altitude e a desvantagem de jogar a partida de volta fora de casa. Mattos enfatiza a importância de um resultado expressivo no jogo de ida: "Se não fizer o placar aqui, é complicado", advertindo sobre a necessidade de construir uma boa vantagem em seus domínios para mitigar os riscos no Equador.

Foto: (Rubens Chiri e Paulo Pinto/Saopaulofc.net)

Testes de Resiliência: São Paulo e Palmeiras

O duelo entre São Paulo e Atlético Nacional é classificado como "duríssimo" por Juca Kfouri. O time colombiano, segundo ele, atravessa uma boa fase, enquanto o São Paulo lida com incertezas que vão desde a dependência de seu departamento médico até a continuidade de Zubeldía no comando técnico. A projeção do colunista é de que o São Paulo também pode "dançar", indicando uma batalha árdua e um potencial revés para o Tricolor Paulista.

Rodrigo Mattos ecoa a análise, reconhecendo o Atlético Nacional como "um bom time" que possui "um ataque bom". Ele prevê uma partida acirrada, tornando a situação do São Paulo "complicada". A complexidade do adversário e as condições atuais do time brasileiro apontam para um confronto de alto risco para o São Paulo .

Em contrapartida, o Palmeiras surge como um ponto de maior confiança nas projeções. Tanto Juca Kfouri quanto Rodrigo Mattos concordam que a equipe alviverde avançará para a próxima fase com relativa tranquilidade diante do Universitario. Essa unanimidade reflete a solidez do Palmeiras e a percepção de uma superioridade em relação ao seu adversário peruano.

Perspectivas Finais e o Crivo dos Especialistas

Em suma, a visão compartilhada pelos colunistas aponta para um cenário desafiador para os clubes brasileiros na Libertadores. Com apenas três classificados projetados, a competição promete ser um verdadeiro teste de resiliência e estratégia. As equipes que superarem os obstáculos internos e externos, como altitude, viagens longas e a qualidade dos adversários sul-americanos, serão as que, de fato, merecerão seu lugar nas quartas de final.