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Rogério Ceni x São Paulo: Bahia em Ascensão Reencontra Ex-Clube no Morumbis
Por Redação 1Soberano em 25/10/2025 08:21
Rogério Ceni se prepara para mais um capítulo em sua jornada como técnico do Bahia, ao retornar ao Morumbis para enfrentar o São Paulo. O duelo deste sábado, às 21h30, carrega consigo um peso simbólico, marcando o reencontro do maior ídolo tricolor com o clube que o consagrou, mas em circunstâncias dramaticamente opostas. Se o Bahia de Ceni vive um de seus melhores momentos, o São Paulo , seu antigo lar, atravessa um período de instabilidade acentuada.
Bahia em Voo Alto sob o Comando de Ceni
Sob a batuta de Rogério Ceni, o Esquadrão de Aço alcançou uma notável sequência de performances, culminando em vitórias expressivas contra Grêmio (4 a 0) e Internacional (1 a 0). Esse embalo reflete o trabalho consistente do treinador, que recentemente celebrou sua 150ª partida à frente do clube baiano. Ceni, um dos técnicos mais longevos da Série A, apenas atrás de Abel Ferreira, do Palmeiras, conduziu o Bahia ao seu melhor primeiro turno na era dos pontos corridos, somando 33 pontos.
Desde sua chegada em 2023, o Bahia conquistou dois títulos de relevância regional ? o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste ? e ostenta um aproveitamento de 58,8%, com 79 vitórias, 28 empates e 43 derrotas. A ambição de Ceni vai além: após levar o clube a uma Libertadores depois de 35 anos, ele agora mira uma vaga direta na edição de 2026, sonho que, atualmente na quinta posição do Brasileirão, parece muito mais tangível do que as aspirações do São Paulo .
São Paulo: Um Cenário de Instabilidade Recorrente
Em contraste gritante, o São Paulo recebe seu ex-goleiro em um momento de profunda fragilidade, tanto em aspectos estruturais quanto técnicos. A equipe acumulou cinco derrotas nos últimos seis compromissos pelo Campeonato Brasileiro, evidenciando uma dificuldade em encontrar consistência.
A saída de Ceni em 2023, que marcou o fim de sua segunda passagem como técnico pelo Morumbis, abriu caminho para uma dança das cadeiras no comando técnico. Desde então, o clube já teve quatro gestões diferentes: Dorival Júnior, Thiago Carpini, Luis Zubeldía e, atualmente, Hernán Crespo, que retorna ao clube para uma nova fase. Essa alternância de lideranças no banco de reservas reflete a busca incessante por estabilidade que o Tricolor não consegue alcançar.
O Histórico de Ceni Contra o Tricolor Paulista
Apesar do sucesso em sua carreira de treinador, o Morumbis permanece um palco onde Rogério Ceni ainda busca sua primeira vitória como técnico adversário. No entanto, ele já superou um tabu significativo em 2023, quando seu Bahia derrotou o São Paulo por 2 a 1 na Arena Fonte Nova, marcando a primeira vez que Ceni venceu seu ex-clube como técnico. Este reencontro, portanto, não é apenas um jogo, mas uma oportunidade para Ceni consolidar ainda mais sua fase vitoriosa e, talvez, quebrar mais uma barreira pessoal.
A Trajetória de Rogério Ceni: Um Raio-X dos Números
O aproveitamento geral de Ceni como treinador revela uma trajetória de altos e baixos, com destaque para seus períodos no Fortaleza e Flamengo, onde conquistou títulos importantes. Curiosamente, apenas sua breve e conturbada passagem pelo Cruzeiro apresenta um aproveitamento inferior aos números registrados no São Paulo . A tabela a seguir detalha o desempenho do treinador em cada um dos clubes que comandou:
| Clube | Período | Jogos | Aproveitamento | Vitórias | Empates | Derrotas | Títulos Relevantes |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| São Paulo | 2017 e 2021/2023 | 141 | 53% | 63 | 39 | 39 | Vice Paulistão 2022, Vice Sul-Americana 2023 |
| Fortaleza | 2018/2019 e 2020 | 153 | 60,1% | 81 | 33 | 39 | Série B (2018), Cearense (2019, 2020), Copa do Nordeste (2019) |
| Flamengo | 2020/2021 | 45 | 59,2% | 23 | 11 | 11 | Brasileirão (2020), Supercopa do Brasil (2021), Carioca (2021) |
| Bahia | 2023 até agora | 150 | 58,8% | 79 | 28 | 43 | Baiano (2024), Copa do Nordeste (2024) |
| Cruzeiro | 2019 | 8 | 33% | 2 | 2 | 4 | Nenhum |
A análise desses dados demonstra a capacidade de Ceni em construir equipes competitivas e vitoriosas, especialmente em projetos de médio a longo prazo, como os que desenvolveu no Fortaleza e no próprio Bahia. O confronto no Morumbis é, portanto, mais do que um embate tático; é um espelho das diferentes realidades que o tempo e as escolhas impuseram a um ídolo e ao seu ex-clube.
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