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Sabino no São Paulo: Como o Zagueiro se Tornou Essencial para Crespo
Por Redação 1Soberano em 08/11/2025 08:10
A Ascensão Inesperada de um Zagueiro
Em um cenário onde a desconfiança muitas vezes precede o reconhecimento, a trajetória de Sabino no São Paulo se desenha como um notável estudo de caso. Anunciado em março de 2024, o defensor chegou ao Morumbi sob um olhar cético por parte considerável da torcida tricolor. Contratado inicialmente para compor o elenco, o zagueiro surpreendeu ao conquistar um espaço cada vez mais relevante na equipe, consolidando-se hoje como um dos atletas com maior volume de atuações sob o comando técnico de Hernán Crespo.
A percepção de incerteza em relação ao seu potencial não se limitava apenas às arquibancadas. A própria diretoria do clube, ao negociar com o jogador ? que se encontrava livre no mercado ?, optou por um contrato de curta duração, estipulado em apenas três meses, e atrelado a metas de produtividade. Uma aposta cautelosa que, no entanto, abriu caminho para uma reviravolta.
O próprio Sabino encarou essa oportunidade com a seriedade que o momento exigia, descrevendo-a como "o maior desafio da minha vida". Consciente dos obstáculos superados em clubes anteriores, onde a forma física por vezes foi um entrave, o zagueiro dedicou-se arduamente a manter um condicionamento físico impecável no São Paulo , aguardando pacientemente o momento de demonstrar seu valor em campo.
O Caminho da Perseverança: De Zubeldía a Crespo
No período inicial sob a gestão de Zubeldía, as oportunidades foram escassas para Sabino . Contudo, a lesão de Alan Franco abriu uma brecha, e o zagueiro soube aproveitá-la. Mesmo com um número limitado de quatro jogos como titular e um tempo exíguo de pouco mais de 20 minutos em campo contra o Águia de Marabá, pela Copa do Brasil, sua dedicação e desempenho pontual foram suficientes para garantir a renovação de seu vínculo até o final de 2026, em setembro do ano passado.
Ao longo de todo o ano de 2024, Sabino acumulou apenas 16 jogos, sendo 12 deles na condição de titular. Nesta temporada, ainda sob o comando do técnico anterior, o defensor iniciou em campo em meras 11 ocasiões. Números que, à primeira vista, não prenunciavam a ascensão que estava por vir.
A verdadeira virada de chave, contudo, ocorreu com a chegada de Hernán Crespo e a consequente consolidação do sistema tático 3-5-2. Nesse novo arranjo defensivo, o camisa 35 encontrou o ambiente ideal para brilhar, ganhando não apenas mais espaço, mas também a confiança irrestrita do novo treinador. Sendo o único zagueiro canhoto no elenco , Sabino se encaixou perfeitamente na faixa esquerda da linha defensiva, tornando-se uma peça fundamental na engrenagem tática de Crespo.
Sabino: O Pilar Canhoto do Esquema de Crespo
Com sua notável eficácia nos duelos individuais contra os atacantes adversários e uma elogiável capacidade de sair jogando com qualidade, construindo oportunidades para o São Paulo desde a retaguarda, Sabino rapidamente transcendeu o papel de reserva esquecido. Ele se alçou ao pódio dos atletas que mais iniciam partidas como titular sob a batuta de Hernán Crespo, um feito que poucos poderiam prever em sua chegada.
Até o presente momento, o técnico argentino liderou o Tricolor em 26 confrontos. Desses, Sabino esteve presente em 21, sendo titular em 16 e entrando do banco de reservas em outras cinco ocasiões. No elenco atual, apenas Rafael, Bobadilla e Alan Franco superam seu número de titularidades, evidenciando sua importância crescente e inegável para o esquema tático do treinador.
A tabela a seguir ilustra a distribuição de titularidades entre os jogadores do São Paulo sob a gestão de Hernán Crespo, sublinhando a posição de destaque alcançada por Sabino :
| Posição | Jogador | Jogos como Titular |
|---|---|---|
| ? | Rafael | 22 |
| ? | Alan Franco | 21 |
| ? | Bobadilla | 21 |
| ? | Arboleda | 16 |
| ? | Sabino | 16 |
| 4º | Cédric | 15 |
| 5º | Marcos Antônio | 14 |
| 6º | Pablo Maia | 13 |
| 6º | Enzo Díaz | 13 |
| 7º | Luciano | 12 |
| 8º | André Silva | 10 |
| 8º | Rodriguinho | 10 |
| 9º | Ferraresi | 9 |
| 10º | Alisson | 8 |
| 11º | Wendell | 6 |
| 11º | Tapia | 6 |
| 12º | Ferreira | 6 |
| 13º | Lucas | 3 |
| 13º | Maik | 3 |
| 13º | Rafael Tolói | 3 |
| 13º | Dinenno | 3 |
| 14º | Oscar | 2 |
| 14º | Luan | 2 |
| 14º | Rigoni | 2 |
| 14º | Luiz Gustavo | 2 |
| 14º | Patryck | 2 |
| 14º | Negrucci | 2 |
| 14º | Maílton | 2 |
| 14º | Young | 2 |
A trajetória de Sabino é um testemunho da importância da perseverança e da adaptação tática. De um reforço questionado a um dos pilares defensivos do São Paulo sob Hernán Crespo, o zagueiro canhoto não apenas superou a desconfiança inicial, mas também se estabeleceu como uma peça-chave na ambição do Tricolor por sucesso.
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