São Paulo: Entenda a Ausência de Centroavantes e o Impacto no Ataque Tricolor

O cenário para o São Paulo no Campeonato Brasileiro torna-se cada vez mais complexo, especialmente no que tange ao seu poder de fogo. Com uma sequência de três derrotas consecutivas, a equipe se vê diante de um desafio hercúleo para recompor seu setor ofensivo. A mais recente baixa, que agrava consideravelmente o panorama, é a do atacante Juan Dinenno, que passou por uma artroscopia no joelho direito após não ter sido relacionado nos dois jogos anteriores. Sua ausência deixa o técnico Hernán Crespo sem nenhuma de suas opções originais para a posição de centroavante.

A situação de Dinenno é peculiar: embora sua recuperação esteja prevista para ainda nesta temporada, seu contrato de empréstimo com o Cruzeiro não deve ser estendido para 2026, indicando uma passagem breve pelo Morumbi. Ele se junta a uma lista preocupante de desfalques, que inclui nomes de peso como Calleri, André Silva e Ryan Francisco, todos em recuperação de lesões ligamentares graves e com prognóstico de retorno apenas para o próximo ano.

O Vazio na Camisa 9: Um Raio-X das Baixas

A série de problemas no ataque tricolor teve início com a contusão de Calleri . O argentino, pilar ofensivo do time, rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo em abril, durante um confronto contra o Botafogo, afastando-o dos gramados por um longo período. Em sua ausência, André Silva emergiu como um substituto de destaque, assumindo a titularidade e se consolidando como o artilheiro da temporada, com 14 gols.

Contudo, o brilho de André Silva foi interrompido em agosto, quando o jogador sofreu duas lesões ligamentares, sendo também encaminhado ao departamento médico para um longo período de recuperação. A esperança de uma solução interna surgiu com Ryan Francisco , jovem talento da base que conquistou a torcida após ser um dos protagonistas na vitoriosa campanha da Copinha. No entanto, o destino não foi favorável: em julho, durante um treino, a promessa de Cotia sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior e uma lesão no menisco do joelho esquerdo, necessitando de intervenção cirúrgica.

Para ilustrar a dimensão do problema, apresentamos um resumo das principais ausências no comando de ataque:

Foto: (Divulgação)

O Dilema de Crespo e as Alternativas Móveis

A chegada de Dinenno ao São Paulo foi um pedido do então técnico Luis Zubeldía, especialmente para suprir a ausência de Calleri . Contudo, com a subsequente demissão de Zubeldía, o atacante argentino não conseguiu se firmar sob o comando de Hernán Crespo, recebendo poucas oportunidades. Diante da escassez de centroavantes de ofício, a estratégia de Crespo tem sido a de utilizar atacantes com maior mobilidade, como Luciano, Tapia, Ferreira e Rigoni.

Apesar da tentativa de adaptação, o aproveitamento dessas alternativas tem se mostrado aquém do esperado, evidenciado pela marca de dois jogos consecutivos sem conseguir balançar as redes adversárias. A ausência de uma referência na área e a necessidade de improvisar no setor ofensivo impõem um desafio tático e de resultados que exige uma resposta imediata e eficaz por parte da comissão técnica e do elenco para reverter o atual cenário desfavorável.