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São Paulo Manda Jogo na Vila: Medo de Protestos Contra Casares Explica Mudança

Por Redação 1Soberano em 25/11/2025 16:50

O São Paulo Futebol Clube surpreendeu ao formalizar junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido para que sua próxima partida contra o Internacional seja realizada na Vila Belmiro, e não mais em seu tradicional estádio, o Morumbis. O confronto está agendado para a próxima quinta-feira, às 20h. Tal requisição, que altera o local de um compromisso crucial, aponta para uma preocupação interna que transcende a logística esportiva.

A motivação por trás desta alteração, conforme apurado por fontes próximas à própria situação e revelado ao UOL, reside no receio do presidente Julio Casares de enfrentar novas e contundentes manifestações por parte da torcida. Há indícios claros, inclusive com convocações em plataformas digitais por parte de torcidas organizadas, de que um protesto em larga escala seria orquestrado no Morumbis, caso o jogo fosse mantido no local.

Não é a primeira vez que o dirigente tricolor se vê no centro de tal insatisfação. Nos últimos embates em que o clube atuou como mandante, a figura de Casares tem sido alvo frequente de descontentamento dos adeptos, um cenário que se repetiu inclusive em duelos disputados na Vila Belmiro, como na recente vitória sobre o Juventude, no litoral paulista.

O Caminho Contraditório da Escolha do Palco

A escolha do Morumbis como palco de múltiplos shows durante o mês de novembro, em virtude de um acordo com a produtora Live Nation, já havia gerado atrito. Em um período decisivo do Campeonato Brasileiro, onde a equipe busca uma vaga na Pré-Libertadores de 2026, a indisponibilidade do estádio e as consequentes mudanças de mando de campo não foram bem recebidas pela massa torcedora.

Paradoxalmente, este mesmo jogo contra o Internacional já havia sido inicialmente programado para a Vila Belmiro. Contudo, em um movimento anterior, o próprio São Paulo solicitou a realocação da partida para o Morumbis. Naquela ocasião, as informações levantadas pelo UOL indicavam que a diretoria tricolor assegurava que a condição do gramado não seria um entrave, e que a estrutura dos espetáculos da banda Oasis, ocorridos naquele final de semana, já estaria desmontada, permitindo a utilização plena do estádio e a carga máxima de ingressos.

A reviravolta mais recente, entretanto, apresenta um discurso divergente. No ofício encaminhado à CBF, o argumento oficial do clube para a nova mudança é a suposta ausência de "plenas condições de jogo" do gramado, uma justificativa que entra em direta contradição com as declarações e garantias proferidas dias antes pela própria instituição.

Ações Políticas e o Custo da Inconstância

A decisão de retirar o jogo do Morumbis pela segunda vez em um curto espaço de tempo não passou despercebida nos corredores do poder tricolor. Fontes da própria situação, falando sob condição de anonimato, revelaram ao UOL o desconforto e os atritos políticos gerados por esta linha de ação do presidente Casares.

Aliados políticos de Casares, inclusive, teriam aconselhado o mandatário a manter o jogo no estádio. A avaliação interna era clara: o clube já havia empreendido uma mobilização considerável em torno da manutenção da partida no Morumbis nas semanas anteriores. Voltar atrás, neste contexto, seria percebido como um sinal de fraqueza e apenas intensificaria o volume das críticas provenientes da torcida, que já se mostrava insatisfeita.

Questionada pelo UOL, a assessoria do São Paulo limitou-se a informar que aguarda a confirmação oficial da CBF para a mudança de local e que, até então, não se manifestaria sobre o assunto. A postura de silêncio, contudo, não dissipa as dúvidas e os questionamentos sobre a gestão e as verdadeiras razões por trás de uma decisão que, mais uma vez, afasta o time de seu lar em um momento crucial da temporada.

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