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Análise Detalhada das Lesões na Série A 2024: Um Panorama da Saúde dos Clubes
Por Redação 1Soberano em 20/12/2024 08:22
Uma análise minuciosa das estatísticas de lesões na Série A do Campeonato Brasileiro de 2024 revela um cenário complexo, onde a saúde dos atletas se tornou um fator crucial para o desempenho das equipes. Embora tenha ocorrido uma ligeira diminuição de 3% nos casos em relação a 2023, com 721 baixas médicas contra 741, a perda de jogadores chave por contusões ainda representou um desafio significativo para os clubes.
Panorama Geral das Lesões na Série A
O levantamento, que acompanha as ocorrências desde 2016, demonstra uma variação anual no número de atletas afastados por problemas físicos. Os dados indicam que, apesar da redução em 2024, as lesões continuam a ser uma preocupação constante no futebol nacional. A análise ano a ano revela que 2016 registrou 824 lesões, 2017 com 884, 2018 com 823, 2019 com 704, 2020 com 708, 2021 com 630, 2022 com 840, 2023 com 741 e 2024 com 721.
É importante ressaltar que a pesquisa excluiu atletas poupados por desgaste, questões fisiológicas, casos de COVID-19, gripes, viroses e indisposições. O foco foi nas lesões que efetivamente impediram os jogadores de entrar em campo, oferecendo uma visão mais precisa do impacto físico nos elencos.
A coleta de dados foi realizada em conjunto com os setoristas do portal ge, que acompanharam de perto a situação de cada um dos 20 clubes da Série A. Essa metodologia garantiu a precisão e a confiabilidade das informações apresentadas.
Clubes Mais e Menos Afetados por Lesões
O Fluminense desponta como o clube mais atingido por lesões na temporada, com um total de 53 casos. Este número representa um aumento expressivo de 112% em relação ao ano anterior, quando o clube carioca figurava entre os menos afetados. A pré-temporada abreviada e a preparação para a Recopa são apontados como possíveis causas para o elevado número de problemas físicos no elenco tricolor.
Em contrapartida, o Vasco se destacou como o clube com o menor número de baixas médicas, registrando apenas 18 casos. Este é o menor índice do clube desde o início do levantamento. O Bahia também apresentou um desempenho notável, com apenas 24 lesões, conseguindo manter seus principais jogadores livres de problemas físicos ao longo da temporada. Athletico-PR, Cuiabá e Palmeiras também se sobressaíram, fechando o ano com menos de 30 contusões.
Jogadores Mais Prejudicados por Lesões
Diego Palacios, lateral do Corinthians, lidera a lista de atletas que mais perderam jogos por lesão na Série A em 2024. O equatoriano atuou em apenas uma partida na temporada, sofrendo com uma lesão no joelho que o afastou dos gramados por 68 partidas. Após passar por duas cirurgias, o clube espera contar com o jogador para a próxima temporada.
Outro caso de destaque é o de Bruno Rodrigues, atacante do Palmeiras. Contratado com grande expectativa, o jogador também enfrentou problemas no joelho, sendo submetido a duas cirurgias. Ele participou apenas das duas primeiras rodadas do Campeonato Paulista, ficando de fora de 65 jogos. O goleiro Ivan, do Internacional, também teve um ano bastante comprometido por lesão, perdendo 62 partidas após romper o ligamento do joelho em sua estreia.
Destaca-se ainda o caso de Gabriel Taliari, do Juventude, que perdeu 30 jogos por lesão, sendo o jogador do clube que mais desfalcou a equipe por problemas físicos. Além disso, Pablo Maia, do São Paulo, perdeu 80% dos jogos do ano devido a uma lesão na coxa.
Locais do Corpo Mais Afetados por Lesões
Pelo nono ano consecutivo, a coxa se mantém como o local do corpo mais propenso a lesões no futebol brasileiro. Foram registrados 330 problemas musculares nessa região em 2024. A alta exigência física imposta aos atletas, especialmente em atividades de velocidade e chutes, justifica a vulnerabilidade dessa área.
As lesões no joelho aparecem em segundo lugar, com 116 casos, sendo que 39 necessitaram de intervenção cirúrgica. Tornozelo (73 casos) e panturrilha (54 casos) também foram regiões afetadas com frequência pelos problemas físicos.
A análise detalhada das lesões revela um aspecto importante: alguns jogadores tiveram mais de uma lesão no mesmo período. Por exemplo, o atacante Dinenno, ficou afastado por três problemas simultâneos: edema muscular na coxa, fratura no nariz e procedimento cirúrgico no púbis.
É importante notar que, das 721 baixas médicas, 41 não tiveram a região do corpo especificada pelos clubes. Nesses casos, foi apenas informada a entrada do jogador no departamento médico, sem detalhar a natureza do problema.
Metodologia da Pesquisa
O levantamento foi realizado com base nas informações fornecidas pelos sites oficiais dos 20 clubes da Série A, além do trabalho dos setoristas do ge. O período analisado compreende de 1º de janeiro a 20 de dezembro de 2024. A pesquisa contabilizou todas as baixas médicas que impediram um jogador de participar de pelo menos uma partida oficial. Foram excluídos da contagem os atletas poupados por desgaste físico, problemas fisiológicos e casos de COVID-19.
A pesquisa contou com a colaboração de diversos profissionais da imprensa esportiva, incluindo Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Igor Mattos, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.
Em síntese, os dados de lesões da Série A de 2024 apontam para a necessidade de uma atenção cada vez maior à preparação física e à recuperação dos atletas, como forma de garantir um melhor desempenho das equipes e a integridade física dos jogadores. O estudo detalhado das lesões é fundamental para que os clubes possam implementar estratégias mais eficazes para lidar com esse desafio constante no futebol de alto nível.

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